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EUA iniciam ataques aéreos contra o Estado Islâmico na Líbia

Os Estados Unidos começaram a lançar ataques contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) na Líbia, a pedido do governo provisório do país


	Estado Islâmico (EI): ataques estão concentrados na região de Sirte
 (AFP)

Estado Islâmico (EI): ataques estão concentrados na região de Sirte (AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2016 às 16h29.

Washington - Os Estados Unidos começaram nesta segunda-feira a lançar ataques contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) na Líbia, a pedido do governo provisório do país.

Os ataques estão concentrados na região de Sirte, uma cidade localizada entre Trípoli e Benghazi, que se transformou em um reduto dos jihadistas no país, disse o Pentágono à Agência Efe.

"Hoje, a pedido do governo do Acordo Nacional Líbio, os EUA realizaram um ataque aéreo de precisão contra alvos do EI em Sirte", informou o Pentágono em comunicado.

Essa é a primeira vez que os EUA fazem um ataque aéreo contra alvos do EI na Líbia a pedido do governo de unidade. O bombardeio tem como objetivo apoiar os avanços das forças locais e, segundo o porta-voz do Pentágono, Peter Cook, haverá novas operações.

Anteriormente, em novembro e fevereiro, forças americanas realizaram bombardeios que tinham como objetivo matar os líderes do EI na Líbia, mas Cook afirmou que as missões eram diferentes.

"Não acredito ser conveniente detalhar o ritmo dos próximos ataques", destacou Cook, que, no entanto, revelou que os futuros bombardeios seguirão um "processo de coordenação próxima" com o governo provisório líbio para alvos específicos e serão analisados pela equipe de segurança nacional do presidente Barack Obama.

"Os alvos serão aqueles que devem ser atacados com precisão e para minimizar vítimas civis, em locais onde o governo provisório líbio não possa acertar", explicou Cook.

O Pentágono afirmou que o ataque de hoje foi autorizado por Obama, após consultar o secretário de Defesa, Ash Carter, e o chefe do Estado-Maior Conjunto, Joseph Dunford.

O Departamento de Defesa considerou que essa operação entra na estratégia para derrotar o EI dando apoio aéreo a forças locais aliadas, de modo similar ao que está ocorrendo no Iraque e na Síria, onde os bombardeios já estão ocorrendo há quase dois anos.

"Nosso objetivo é eliminar o EI de seu reduto de Sirte. Os ataques continuarão em Sirte para permitir que o governo do Acordo Nacional Líbio realize avanços decisivos e estratégicos", afirmou.

Cook afirmou que não foram enviadas tropas americanas para o terreno com o "papel específico" de apoiar a operação em Sirte. A presença de soldados no país se limita à já anunciada iniciativa para explorar com forças especiais alianças com as diferentes facções leais ao governo provisório.

Com a nova operação, os EUA abrem na Líbia uma nova frente em sua guerra contra o EI, que domina a região de Sirte, antigo reduto do ditador Muammar Kadafi, morto em outubro de 2011. 

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