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EUA informam a líder do exílio cubano que deve deixar o país

Líder do Movimento Democracia informou que as autoridades americanas lhe pediram para que deixe o país, onde vive há 49 anos


	Bandeiras de Estados Unidos e Cuba: "tenho que sair após 49 anos vivendo no país", disse Sánchez
 (Joe Raedle/AFP)

Bandeiras de Estados Unidos e Cuba: "tenho que sair após 49 anos vivendo no país", disse Sánchez (Joe Raedle/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2016 às 17h07.

Miami - Ramón Saúl Sánchez, líder do Movimento Democracia, uma das organizações do exílio cubano em Miami, informou nesta sexta-feira que as autoridades americanas lhe pediram para que deixe o país, onde vive há 49 anos.

Sánchez afirmou à Agência Efe que recebeu um comunicado do governo dos EUA no qual rejeitam um pedido de residência que tinha solicitado há 14 anos.

"Tenho que sair após 49 anos vivendo no país", disse Sánchez à Efe.

Segundo uma cópia do documento obtida pela Efe, o ativista tem um prazo de 30 dias para apelar da decisão, que foi tomada em razão de que, quando fez a solicitação de residência, Sánchez estava no país ilegalmente, uma vez que sua permissão temporária para permanecer no país tinha expirado.

O texto adverte que, se Sánchez não deixar o país, pode se tornar inelegível para obter benefícios migratórios ou para ser admitido de novo nos Estados Unidos.

Orlando Gutiérrez, do Diretório Democrático Cubano, disse à Agência Efe que é "grotesco" que o governo dos EUA atue assim. "É uma ação contra toda a comunidade de exilados cubanos em Miami", considerou.

O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, esteve nesta quarta-feira em Miami e se reuniu com importantes membros da comunidade cubano-americana, em sua maioria empresários, para tratar do andamento do processo de normalização de relações com Cuba, iniciado no final de 2014.

Gutiérrez declarou que ainda não decidiram quais ações tomar, mas que o exílio "vai estar unido" em torno de Ramón Saúl Sánchez.

Sánchez deve viajar na noite de hoje até a região de Florida Keys para amanhã zarpar em uma "flotilha da liberdade" até Cuba para lançar 88 fogos de artifício, um por cada preso político na ilha, com a intenção de que sejam vistos em Havana.

Texto atualizado às 17h06

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