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EUA garantem combate à mudança climática fora do Acordo de Paris

Depois de anunciar saída do Acordo de Paris, Donald Trump manifestou vontade de continuar com os esforços para combater a mudança climática

Donald Trump: EUA não vão participar das sessões finais nem da coletiva de imprensa do G7 do Meio Ambiente (Win McNamee/Getty Images)

Donald Trump: EUA não vão participar das sessões finais nem da coletiva de imprensa do G7 do Meio Ambiente (Win McNamee/Getty Images)

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EFE

Publicado em 11 de junho de 2017 às 12h59.

Roma- Os Estados Unidos confirmaram neste domingo (11) sua vontade, manifestada pelo presidente Donald Trump, de sair do Acordo de Paris, mas acrescentaram que pretendem continuar com os esforços para combater a mudança climática, durante a sua participação no G7 do Meio Ambiente que acontece até amanhã, segunda-feira, em Bolonha, no nordeste da Itália.

Essas informações foram dadas aos meios de comunicação italianos por alguns dos participantes da cúpula, como o ministro do Meio Ambiente do Japão, Koichi Yamamoto, que assegurou que Scott Pruitt, diretor da Agência para a Proteção do Meio Ambiente (EPA, sigla em inglês) dos Estados Unidos, se mostrou favorável a trabalhar para reduzir as emissões de gases do efeito estufa.

A secretária-geral da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC, sigla em inglês), a mexicana Patricia Espinosa, disse que Pruitt quer continuar dialogando com a Convenção e que garantiu que os EUA pretendem manter os seus "esforços na luta contra a mudança climática".

O vice-presidente do Grupo Intergovernamental de Especialistas sobre a Mudança Climática (IPCC, sigla em inglês), Carlo Carraro, explicou por sua vez que os Estados Unidos, segundo Pruitt, "não estão em desacordo com os objetivos do Acordo de Paris, mas com a forma de consegui-los".

Carraro, que exerceu de mediador na mesa de debate sobre a mudança climática, destacou que os outros seis países do G7 lamentaram a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, mas garantiram que nenhum deles irá fazer o mesmo e, inclusive, se mostraram disponíveis para novos objetivos.

Além do ministro japonês, participam das reuniões em um hotel afastado do centro histórico por motivos de segurança os titulares de Meio Ambiente de Alemanha, Barbara Hendricks; França, Nicolas Hulot; Canadá, Catherine McKenna; e Itália, Gian Luca Galletti.

Em representação do Reino Unido está a secretária de Estado para o Meio Ambiente, Therese Coffey, enquanto Pruitt é o enviado dos Estados Unidos.

Além disso, foram convidados os comissários europeus de Meio Ambiente, o maltês Karmenu Vella; e de Ação pelo Clima e Energia, o espanhol Miguel Arias Cañete.

Pruitt retornará hoje mesmo aos EUA e não participará das sessões finais, nem da coletiva de imprensa conjunta do G7, pois tinha avisado que teria que retornar antes para uma reunião com Trump.

O G7 do Meio Ambiente prevê a publicação de uma declaração conjunta sobre os seis temas de discussão: desperdícios nos oceanos, finanças ecológicas, economia circular e eficiente dos recursos, ajudas à África e o papel dos bancos de desenvolvimento, impostos ambientais e gestão de resíduos perigosos.

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