EUA enviam 275 soldados ao Iraque para embaixada em Bagdá
Cerca de 170 desses soldados começaram a chegar ao terreno no fim de semana em Bagdá, detalhou em comunicado o porta-voz do Pentágono, John Kirby
Da Redação
Publicado em 16 de junho de 2014 às 21h05.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , anunciou nesta segunda-feira o envio de 275 soldados ao Iraque para proteger a equipe diplomática americana e a embaixada em Bagdá diante do avanço dos islamitas no país árabe.
"A partir de 15 de junho de 2014, ao redor de 275 membros das Forças Armadas americanas estão sendo enviados ao Iraque para proporcionar apoio e segurança para o pessoal dos Estados Unidos e a embaixada americana em Bagdá", disse Obama em carta enviada ao Congresso.
Cerca de 170 desses soldados começaram a chegar ao terreno no fim de semana em Bagdá, detalhou em comunicado o porta-voz do Pentágono, John Kirby.
Os Estados Unidos deslocaram outros cem soldados a um terceiro país não identificado da região "para proporcionar apoio na gestão do campo aéreo, na segurança e na logística se for necessário", acrescentou Kirby.
Este domingo, Kirby antecipou que um "pequeno grupo" do Departamento de Defesa reforçaria a segurança da embaixada americana a pedido do Departamento de Estado.
"Esta força viaja com o objetivo de proteger cidadãos americanos e sua propriedade, e se for necessário, está equipada para o combate. O destacamento permanecerá no Iraque até que a situação já não exija", indicou Obama na carta.
O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, garantiu em comunicado que os militares americanos "estão entrando no Iraque com o consentimento do governo iraquiano".
Os soldados darão apoio ao Departamento de Estado após a "realocação temporária de parte dos funcionários da embaixada americana em Bagdá aos consulados gerais dos EUA em Basra e em Erbil e à unidade de apoio ao Iraque em Amã (Jordânia)".
A embaixada americana em Bagdá permanecerá aberta e os soldados "ajudarão o Departamento de Estado a continuar sua crucial missão diplomática e trabalhar com os iraquianos nos desafios que enfrentam", explicou Kirby.
O anúncio foi feito quatro dias depois de Obama garantir que não enviaria tropas americanas para entrar em combate direto no Iraque, mas que avaliaria outras opções para ajudar a frear os avanços da milícia extremista sunita do Estado Islâmico do Iraque e Levante (EIIL).
O porta-voz da Câmara dos Representantes de EUA, o republicano John Boehner, expressou através de um porta-voz seu "apoio aos passos" dados pela administração "para dar segurança ao pessoal e às instalações americanas", mas ressaltou que "ainda espera uma estratégia integral para proteger os interesses de segurança nacional dos Estados Unidos no Iraque".