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EUA devem ser o pacificador do mundo, diz Peres

Shimon Peres, presidente de Israel, afirmou que o governo americano não deve ser a polícia do mundo, mas o pacificador

O presidente de Israel, Shimon Peres: "EUA devem ser o pacificador do mundo" (Giuseppe Aresu/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2014 às 15h33.

Jerusalém - O presidente de Israel , Shimon Peres, recebeu nesta sexta-feira em Jerusalém o secretário de Defesa americano, Chuck Hagel, com quem repassou a atualidade do Oriente Médio , com especial atenção à guerra na Síria, à controvérsia nuclear com o Irã e o conflito com os palestinos.

Segundo um comunicado divulgado pela presidência, Peres aproveitou a ocasião para agradecer o apoio dos EUA e afirmar que Washington, como disse o presidente americano, Barack Obama, "não deve ser a Polícia do mundo", mas "o pacificador".

"Como presidente de Israel, quero agradecer ao presidente Obama o apoio que dá a Israel. Durante o último ano, nossos laços atingiram níveis nunca vistos até o momento", declarou.

"Os problemas que enfrentamos são graves, mas podemos e devemos conduzi-los. O presidente Obama disse que os Estados Unidos não devem ser a Polícia do mundo, e estou de acordo: os Estados Unidos devem ser o pacificador do mundo. Ninguém pode substituí-lo. Suas Forças Armadas estão aí para manter a paz mundial", ressaltou.

O secretário de Defesa americano explicou que os EUA continuam comprometidos com a segurança na região e com a ideia de que "tem que estar perto destes eventos para tentar abrir caminhos e levar a paz, a estabilidade e a segurança a todos os povos".

"Estamos comprometidos com sua realização", assegurou.

Antes de visitar Peres, Hagel foi recebido pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, que aproveitou a ocasião para criticar, mais uma vez, o processo de diálogo empreendido pela comunidade internacional com o Irã para tentar neutralizar suas supostas ambições nucleares militares.

"Acho que enquanto essas negociações com o Irã continuarem, um objetivo deve guiar a comunidade internacional, e isso deve ser não deixar que o regime dos aiatolás vençam", disse Netanyahu, que insinuou que o governo de Teerã só quer ganhar tempo e tentar enganar.

"Não devemos permitir que o Irã, o maior Estado terrorista de nossa era, desenvolva a capacidade de produzir armas nucleares", acrescentou.

Netanayahu criticou, além disso, o recente acordo de reconciliação nacional assinado pelo partido nacionalista palestino Fatah e o movimento islamita Hamas.

"Os EUA definiu de forma correta ao Hamas como entidade terrorista e é óbvio que os palestinos não podem pactuar com o Hamas e fazer a paz ao mesmo tempo com Israel. Estamos preocupados com o clima de propaganda e provocação contra o Estado judeu em Gaza e nas áreas controladas pela Autoridade Nacional Palestina", disse.

São Paulo - Os Estados Unidos sempre se viram como uma nação excepcional, como o "farol da humanidade". Essa ideia é levada muito a sério pelos americanos há quase um século: é o "American Excepcionalism". Contudo, muitas pessoas têm se questionado se o conceito não está ameaçado.Veja a seguir oito pesquisas cujos dados indicam que os "EUA excepcional" pode estar mudando radicalmente:
  • 2. Cidadania americana

    2 /10(Ali al-Saadi/AFP)

  • Veja também

    Em 2013, 2999 cidadãos americanos renunciaram a sua cidadania, o maior número da história e um aumento de 753% em relação a 1998Entre 2012 e 2013, o salto foi gigantesco: de 932 para 2999.Fonte: Treasury Department/PolicyMic
  • 3. Mais idas que vindas

    3 /10(Getty Images)

  • Em 2012, 8 países receberam mais americanos que mandaram seus cidadãos para os EUA, entre eles Brasil, China, Austrália e Chile.Em 2011, esse “déficit” só tinha ocorrido com 4 países.Fonte: UniGroup Relocation/Business Insider
  • 4. Sem religião

    4 /10(REUTERS/Lucas Jackson)

    Em 1990, 7,7% diziam não ter nenhuma afiliação religiosa. Em 2012, essa porcentagem chegou a 19,7%.  Entre jovens de 18 a 24 anos, 1 entre 3 se diz sem religião. Entre os que se dizem liberais, essa porcentagem chega a 40%. Em 1972, apenas 1 entre 20 não tinha religião. Em 2013, 1 entre 5.  Fonte: General Social Survey
  • 5. O melhor país do mundo

    5 /10(AFP)

    50% dos americanos de 65 anos ou mais acreditam que nenhum país é melhor que os EUA.Entre os jovens de 18 a 29 anos, essa porcentagem cai para 27%. 12% deles acreditam que há outras nações melhores.Fonte: Pew Research Center (2011)
  • 6. Orgulho da América

    6 /10(Stock.xchng)

    2 entre 3 idosos nos EUA dizem ter “extremos orgulho da América”. Apenas 2 entre 5 jovens dizem o mesmo. Americanos acima de 50 anos são mais propensos que os europeus (superando-os em 15 pontos percentuais) a falar que “a cultura americana” é superior. Entre os jovens americanos, é ao contrário: são menos propensos que os europeus em afirmar isso. Fonte: Public Religion Research Institute
  • 7. Determinismo americano

    7 /10(Jewel Samad/AFP)

    Os americanos sempre alimentaram a noção de que, não importando o meio, você poderia vencer e ser rico. Os jovens não pensam assim: eles são mais propensos que os adultos (14 pontos mais) a dizer que, nos EUA, a riqueza se deve mais ao “berço e aos contatos certos” que “ao trabalho, ambição e educação”. Fonte: Pew Research
  • 8. Capitalismo x Socialismo

    8 /10(Joe Raedle/Getty Images)

    Os adultos dizem preferir o capitalismo ao socialismo com uma vantagem de 27 pontos percentuais. Já os jovens por pouco não preferiram o socialismo em sua maioria.Em 2003, os americanos concordavam mais com a afirmação “o livre-mercado é o melhor sistema” que italianos, alemães ou britânicos. Em 2010, a situação se inverteu. Fonte: Pew Research e GlobeScan
  • 9. Senhores das armas

    9 /10(Chung Sung-Jun/Getty Images)

    Os adultos americanos acreditam muito mais que os adultos britânicos que o seu país não precisa de aprovação da ONU para ir à guerra (29 pontos percentuais acima). Entre os jovens essa diferença é de apenas 8 pontos percentuais.  Jovens americanos concordam mais com a afirmação "os EUA devem levar os interesses de seus aliados em conta, mesmo que isso comprometa o interesse americano" que os americanos mais velhos (23 pontos percentuais acima). Eles também são muito mais favoráveis à ONU que os mais velhos (24 pontos percentuais acima).
  • 10. Entenda mais sobre as mudanças nos EUA

    10 /10(Alex Wong/Getty Images)

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