EUA darão à França apoio logístico e de inteligência em Mali
"Conversei com o ministro da Defesa (francês) e continuarei a fazê-lo. E a tentativa será de lhes proporcionar apoio logístico limitado", disse o secretário de Defesa
Da Redação
Publicado em 15 de janeiro de 2013 às 06h36.
Washington - O secretário de Defesa dos Estados Unidos , Leon Panetta, afirmou nesta segunda-feira que proporcionará "apoio logístico limitado" e de inteligência ao governo francês em sua atuação militar em Mali para conter o avanço dos rebeldes salafistas, que dominam o norte do país africano, rumo à parte sul.
"Conversei com o ministro da Defesa (francês) e continuarei a fazê-lo. E a tentativa será de lhes proporcionar apoio logístico limitado e apoio de inteligência onde for possível ajudá-los nesse esforço", disse Panetta a jornalistas no avião que o leva a Lisboa (Portugal).
Nem Panetta ou a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, confirmaram que o governo de Barack Obama tenha dado ajuda de transporte e telecomunicações à França, como afirmou no domingo o ministro das Relações Exteriores francês, Laurent Fabius.
No entanto, Panetta admitiu que o Pentágono considera enviar aviões de transporte para transferir tropas francesas ou equipes militares.
"Há algumas áreas de ponte aérea nas quais tentaremos poder ajudá-los também", disse.
O titular da pasta de Defesa não afirmou se os Estados Unidos enviarão aviões não tripulados a Mali, como solicitou o governo de François Hollande.
"Não vou entrar em detalhes da assistência que daremos, além de dizer que os assistiremos na área de inteligência", reiterou.
"Temos a responsabilidade de combater a Al Qaeda onde quer que estejam", ressaltou Panetta. "Nós os estamos perseguindo no Iêmen e na Somália, e temos uma responsabilidade de nos certificar que a Al Qaeda não vai estabelecer uma base de operações no norte da África, em Mali".
A Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI) "pode não ter planos específicos de ataque aos Estados Unidos e Europa, mas este continua sendo seu objetivo, e por essa razão temos que dar passos agora", acrescentou.
Por sua vez, Nuland declarou que os Estados Unidos estão incentivando a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) a "acelerar o envio de suas tropas", mas não falou de medidas concretas de Washington.
"Estamos conversando com os franceses sobre uma série de pedidos de assistência que nos fizeram. Estamos analisando, mas ainda não tenho nenhuma decisão para anunciar", afirmou a porta-voz.
A França realiza há três dias uma atuação militar em Mali que hoje se intensificou após a contra-ofensiva salafista no centro do país, onde os rebeldes recuperaram o controle da cidade de Diabali, e no oeste, considerado pelas autoridades francesas como "um ponto difícil".
O conflito começou em junho de 2012, quando três grupos salafistas - Ansar Al Din, Monoteísmo e Jihad na África Ocidental (MYAO) e AQMI - passaram a controlar o norte de Mali, onde impuseram um sistema baseado em uma estrita interpretação da "sharia", a lei islâmica.
Washington - O secretário de Defesa dos Estados Unidos , Leon Panetta, afirmou nesta segunda-feira que proporcionará "apoio logístico limitado" e de inteligência ao governo francês em sua atuação militar em Mali para conter o avanço dos rebeldes salafistas, que dominam o norte do país africano, rumo à parte sul.
"Conversei com o ministro da Defesa (francês) e continuarei a fazê-lo. E a tentativa será de lhes proporcionar apoio logístico limitado e apoio de inteligência onde for possível ajudá-los nesse esforço", disse Panetta a jornalistas no avião que o leva a Lisboa (Portugal).
Nem Panetta ou a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, confirmaram que o governo de Barack Obama tenha dado ajuda de transporte e telecomunicações à França, como afirmou no domingo o ministro das Relações Exteriores francês, Laurent Fabius.
No entanto, Panetta admitiu que o Pentágono considera enviar aviões de transporte para transferir tropas francesas ou equipes militares.
"Há algumas áreas de ponte aérea nas quais tentaremos poder ajudá-los também", disse.
O titular da pasta de Defesa não afirmou se os Estados Unidos enviarão aviões não tripulados a Mali, como solicitou o governo de François Hollande.
"Não vou entrar em detalhes da assistência que daremos, além de dizer que os assistiremos na área de inteligência", reiterou.
"Temos a responsabilidade de combater a Al Qaeda onde quer que estejam", ressaltou Panetta. "Nós os estamos perseguindo no Iêmen e na Somália, e temos uma responsabilidade de nos certificar que a Al Qaeda não vai estabelecer uma base de operações no norte da África, em Mali".
A Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI) "pode não ter planos específicos de ataque aos Estados Unidos e Europa, mas este continua sendo seu objetivo, e por essa razão temos que dar passos agora", acrescentou.
Por sua vez, Nuland declarou que os Estados Unidos estão incentivando a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) a "acelerar o envio de suas tropas", mas não falou de medidas concretas de Washington.
"Estamos conversando com os franceses sobre uma série de pedidos de assistência que nos fizeram. Estamos analisando, mas ainda não tenho nenhuma decisão para anunciar", afirmou a porta-voz.
A França realiza há três dias uma atuação militar em Mali que hoje se intensificou após a contra-ofensiva salafista no centro do país, onde os rebeldes recuperaram o controle da cidade de Diabali, e no oeste, considerado pelas autoridades francesas como "um ponto difícil".
O conflito começou em junho de 2012, quando três grupos salafistas - Ansar Al Din, Monoteísmo e Jihad na África Ocidental (MYAO) e AQMI - passaram a controlar o norte de Mali, onde impuseram um sistema baseado em uma estrita interpretação da "sharia", a lei islâmica.