Mundo

EUA confirmam libertação de jornalista americano na Síria

John Kerry confirmou a libertação do jornalista americano Peter Theo Curtis


	O secretário de Estado norte-americano, John Kerry
 (Lucas Jackson/Reuters)

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry (Lucas Jackson/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de agosto de 2014 às 16h20.

Washington - O secretário de Estado americano, John Kerry, confirmou neste domingo a libertação do jornalista americano Peter Theo Curtis, sequestrado há quase dois anos na Síria, e assegurou que seu país seguirá trabalhando para conseguir a liberdade de outros reféns americanos nesse país.

"Particularmente após uma semana marcada por uma tragédia inefável, todos estamos aliviados e agradecidos sabendo que Theo Curtis está voltando para casa", disse Kerry em comunicado.

A assessora de Segurança Nacional dos EUA, Susan Rice, indicou em outro comunicado que Curtis "já está a salvo fora da Síria" e espera- se que "possa reunir-se em breve com sua família".

O canal de televisão catariano "Al Jazeera" informou pouco antes que Curtis tinha sido libertado hoje e entregue a representantes das Nações Unidas, mas porta-vozes da ONU contatados pela Efe na Síria e em Nova York não confirmaram essa informação por enquanto.

"Durante dois anos, este jovem americano foi separado de sua família. Finalmente, voltará para casa", afirmou Kerry, que destacou que a mãe de Curtis "simplesmente se negou a render-se e trabalhou incansavelmente para manter viva a esperança que este dia pudesse ser uma realidade".

Nem Kerry nem Rice deram detalhes de como se alcançou a libertação de Curtis nem confirmaram que foi entregue a representantes da ONU.

No entanto, o escritório de imprensa da ONU confirmou que Curtis foi entregue às forças de paz das Nações Unidas na cidade de Al Rafid, na província síria de Quneitra, na tarde deste domingo.

O jornalista foi entregue depois a representantes americanos para uma revisão médica, acrescentou o comunicado.

Por sua vez, Kerry assegurou que, durante estes últimos dois anos, "os Estados Unidos entraram em contato com mais de duas dúzias de países pedindo ajuda urgente de qualquer um que pudesse ter ferramentas, influência ou margem de manobra para ajudar a conseguir a libertação de Curtis e de qualquer americano retido como refém na Síria".

"A cada hora da cada dia, nossos pensamentos e nossa fé permanecem com os americanos ainda retidos como reféns e suas famílias, e seguimos usando todas as ferramentas diplomáticas, militares e de inteligência à nossa disposição para encontrá-los e trazê-los para casa", destacou Kerry.

A libertação de Curtis ocorre cinco dias depois da divulgação de um vídeo com a decapitação do repórter americano James Foley, capturado na Síria em 2012, por um membro do grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

No vídeo, um membro encapuzado do EI acusou o presidente americano Barack Obama de ser o responsável da morte de Foley por sua decisão de bombardear as posições do grupo jihadista no Iraque.

Texto atualizado às 16h18min do mesmo dia para adicionar mais informações.

Acompanhe tudo sobre:Estado IslâmicoEstados Unidos (EUA)IslamismoPaíses ricosSequestrosSíriaSunitasTerrorismo

Mais de Mundo

Conheça os cinco empregos com as maiores taxas de acidentes fatais nos EUA

Refugiados sírios tentam voltar para casa, mas ONU alerta para retorno em larga escala

Panamá repudia ameaça de Trump de retomar o controle do Canal

Milei insiste em flexibilizar Mercosul para permitir acordos comerciais com outros países