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EUA condenam violência contra civis no Sudão do Sul

Estados Unidos qualificaram como uma abominação a violência no Sudão do Sul após o massacre de civis e os ataques registrados contra bases da ONU


	Porta-voz da Casa Branca, Jay Carney: "estamos horrorizados com essas informações"
 (Kevin Lamarque/Reuters)

Porta-voz da Casa Branca, Jay Carney: "estamos horrorizados com essas informações" (Kevin Lamarque/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2014 às 09h58.

Washington - Os Estados Unidos qualificaram nesta quarta-feira como uma "abominação" a violência no Sudão do Sul após o massacre de civis na cidade de Bentiu e os ataques registrados contra bases da missão da ONU no país africano.

"Estamos horrorizados com essas informações. O presidente, Salva Kiir, e (o ex-vice-presidente e líder rebelde), Riak Machar, devem deixar claro que os ataques contra os civis são inaceitáveis", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, em comunicado.

"Os responsáveis pela violência de ambos os lados devem ser levados para a justiça e o ciclo de violência que vem infestando o Sudão do Sul durante tempo demais deve chegar ao seu fim", acrescentou, em referência a um conflito no qual milhares de pessoas já morreram e que deixou o jovem país, que se tornou independente do Sudão em 2011, à beira da guerra civil.

"Esses atos de violência são uma abominação. São uma traição à confiança que o povo do Sudão do Sul depositou em seus líderes. Esta é exatamente a violência e o sofrimento do qual o povo do Sudão do Sul lutou durante décadas para se livrar", declarou Carney.

O Conselho de Segurança da ONU se reunirá nesta quarta-feira em caráter de urgência para analisar a deterioração da situação no Sudão do Sul durante os últimos dias.

O conflito explodiu no país africano em dezembro do ano passado e ganhou rapidamente contornos étnicos já que o presidente, Salva Kiir, pertence à tribo Dinka, enquanto o ex-vice-presidente e líder rebelde, Riak Machar, é da tribo Nuer.

Os enfrentamentos, nos quais morreram milhares de pessoas, colocaram o país à beira de uma guerra civil, depois que o presidente acusou Machar de tramar um golpe de Estado em dezembro do ano passado.

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