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EUA cogitam apoio a candidato de emergente para chefia do FMI

Secretário do Tesouro americano disse que já conversa tanto com os europeus quanto com os países em desenvolvimento para definir um nome para comandar o fundo

O secretário americano do Tesouro, Timothy Geithner, já teve conversas sobre a sucessão (Chung Sung-Jun/Getty Images)

O secretário americano do Tesouro, Timothy Geithner, já teve conversas sobre a sucessão (Chung Sung-Jun/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2011 às 17h26.

Washington - O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, divulgou uma nota nesta sexta-feira na qual evita manifestar apoio explícito a um candidato europeu para a direção do Fundo Monetário Internacional (FMI) e cogita respaldo a um representante de um país emergente.

"Estamos realizando amplas consultas com os acionistas do Fundo dos mercados emergentes, bem como de economias avançadas", afirmou Geithner. Segundo ele, os EUA pretendem respaldar um candidato com "grande experiência e capacidade de liderança" e alguém que seja capaz de encontrar um amplo apoio entre os 187 países integrantes do FMI.

"É importante que este seja um processo aberto e que se avance rapidamente na seleção de uma nova liderança para o FMI", ressaltou o titular do Tesouro americano.

O Conselho Executivo do FMI discute nesta sexta-feira a sucessão de Dominique Strauss-Kahn à frente do organismo, na primeira reunião sobre o assunto desde a renúncia do político francês ao cargo máximo do Fundo, após ser preso e acusado na Justiça americana por crimes sexuais contra uma camareira de um hotel de Nova York.

O alto funcionário, que disse ter deixado o cargo com "infinita tristeza", era considerado o nome mais forte do Partido Socialista da França para as eleições presidenciais de 2012 no país.

Sua renúncia ao cargo máximo do FMI deu início ao que pode se transformar no primeiro processo realmente competitivo para a seleção da liderança na história do Fundo.

Um acordo de cavalheiros firmado ao fim da Segunda Guerra Mundial sempre garantiu a chefia da instituição a um cidadão europeu, deixando a liderança do Banco Mundial a cargo de um americano.

No entanto, o crescente peso global dos países emergentes pôs em xeque esse privilégio. O mundo em desenvolvimento exige agora mudanças em um sistema que considera defasado.

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