Mundo

EUA: Clooney paga fiança, deixa prisão e fala a jornalistas

Ator foi preso por desobediência civil, ao protestar contra o governo do Sudão

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de março de 2012 às 16h33.

São Paulo - O ator americano George Clooney, preso horas antes nesta sexta-feira por desobediência civil, ao protestar em frente à embaixada do Sudão em Washington, pagou fiança e já deixou a prisão. De acordo com a imprensa americana, a fiança paga pelo ator foi de apenas 100 dólares. No total, 15 pessoas foram detidas durante o protesto - incluindo o pai do ator e dois membros do Congresso americano.

A rede de TV americana CNN mostrou Clooney conversando com jornalistas após ser solto, voltando a reforçar a necessidade de ajuda imediata ao Sudão. Ele fez piada sobre a prisão: "Foi muito duro", brincou. "Foi minha primeira vez na cadeia e espero que a última". Clooney havia se encontrado com o presidente Barack Obama na quinta-feira para discutir suas preocupações com o país africano.

Depois de uma visita recente ao Sudão, Clooney acusou o governo de Cartum de crimes de guerra, no mesmo dia em que o governo americano cobrou do Sudão autorização para o envio de alimentos de forma imediata para evitar um desastre humanitário. Clooney acusou as forças armadas do regime sudanês de cometer crimes contra civis, incluindo um ataque com foguetes do qual escapou por pouco.

Crítico de longa data do governo do Sudão pelo conflito separatista em Darfur, Clooney disse à comissão do Senado que o presidente Omar al Bashir e seus colaboradores estão "provando ser os maiores criminosos de guerra deste século até o momento". Funcionários americanos alertaram que 250.000 pessoas correm risco de sofrer com a fome na conflituosa região de Kordofan do Sul ao testemunhar ante uma comissão do Senado, à qual Clooney se somou.

Crise humanitária - Princeton Lyman, enviado especial dos Estados Unidos ao Sudão, disse que a região montanhosa está a caminho de "uma grave crise humanitária" devido aos bombardeios constantes das forças de governo, que impedem a prática da agricultura. "O Sudão deve permitir o acesso humanitário internacional, e o mundo não pode permanecer quieto. Certamente os Estados Unidos não podem fazer isso", afirmou Lyman.

O Sudão do Sul se tornou independente em julho do ano passado, depois de duas décadas de guerra civil. No entanto, outro conflito separatista explodiu pouco depois em Kordofan do Sul e perto do estado de Nilo Azul, no qual Cartum combate contra os insurgentes, uma vez aliados aos ex-rebeldes que agora governam o país.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaAtores e atrizesGuerrasPolítica no BrasilPrisõesProtestosSudão

Mais de Mundo

Putin promete mais 'destruição na Ucrânia após ataque contra a Rússia

Novo líder da Síria promete que país não exercerá 'interferência negativa' no Líbano

Argentinos de classe alta voltam a viajar com 'dólar barato' de Milei

Trump ameaça retomar o controle do Canal do Panamá