Mundo

EUA cancela desfiles de 4 de julho em meio à segunda onda da covid-19

Autoridades de saúde alertaram que o feriado seria um teste crucial para o autocontrole dos americanos. Casos aumentaram em 40 Estados

Os Estados Unidos registraram 52.300 novas infecções na sexta-feira, de acordo com dados compilados pela Universidade Johns Hopkins (Olaser/Getty Images)

Os Estados Unidos registraram 52.300 novas infecções na sexta-feira, de acordo com dados compilados pela Universidade Johns Hopkins (Olaser/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de julho de 2020 às 10h27.

Os Estados Unidos iniciaram o fim de semana de 4 julho, quando é comemorado o Dia da Independência, com uma série de desfiles cancelados, após as autoridades de saúde terem alertado que o feriado seria um teste crucial para o autocontrole dos americanos. O país está vivendo uma segunda onda de infecções pela doença, com o aumento dos casos em 40 Estados norte-americanos, que totalizaram nesta sexta-feira (3) 52.300 novas infecções, de acordo com dados compilados pela Universidade Johns Hopkins.

Na Europa, a Espanha está vendo um ressurgimento da doença ligado aos trabalhadores agrícolas nas áreas rurais. As autoridades da região nordeste da Catalunha isolaram a cidade de El Segriá após a região ter registrado 60 novos casos nas últimas 24 horas, elevando o total a mais de 4 mil infectados. Na Alemanha, a chanceler Angela Merkel disse que "a maneira como nosso país reagiu à pandemia se mostrou amplamente correta". O país tem mais de 190.000 casos confirmados e começou a testar pessoas assintomáticas em casas de repouso.

O Reino Unido, por outro lado, está reabrindo bares e pubs neste sábado, como parte do processo de reabertura econômica após a pandemia do novo coronavírus. Museus, bibliotecas e barbearias também foram reabertos e as restrições às viagens e ao contato social foram atenuadas. Todas as atividades pressupõem medidas de distanciamento e limites na capacidade de lotação dos estabelecimentos. Na sexta-feira, o país teve novas 137 mortes relacionadas à doença, elevando o total para 44.131, o número mais alto de vítimas fatais no continente. O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse que a decisão de atenuar os bloqueios foi baseada em evidências científicas. Ele também garantiu que as autoridades não vão "estragar tudo agora".

Na África do Sul, onde a pandemia está acelerando, os casos confirmados superaram 177 mil nesta semana, com um recorde diário de 9.063 novos casos nas últimas 24 horas. Cerca de 30% dos infectados estão na região de Johanesburgo e Pretória. Enquanto isso, o país facilita as medidas de isolamento social por causa da pressão econômica.

A Índia também continua observando uma escalada da pandemia, tendo registrado o recorde de 22.771 novos casos ontem, chegando a mais de 648 mil infectados. O país já contabilizou 18.655 mortes pela doença.

Já a Rússia, o terceiro país mais afetado pela pandemia em número de casos, atrás apenas dos Estados Unidos e do Brasil, as autoridades continuam negando as especulações de manipulação dos dados. O número oficial de mortes no país ainda é inferior ao de muitos outros países. A força-tarefa nacional do coronavírus reportou 6.632 novos casos nesta sexta-feira, elevando o total do surto para 674.515.

Dados compilados pela Universidade Johns Hopkins mostraram que o mundo teve mais de 11 milhões de pessoas infectadas pela pandemia, das quais 2,7 milhões estão nos Estados Unidos.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusEstados Unidos (EUA)Feriados

Mais de Mundo

Drones sobre bases militares dos EUA levantam preocupações sobre segurança nacional

Conheça os cinco empregos com as maiores taxas de acidentes fatais nos EUA

Refugiados sírios tentam voltar para casa, mas ONU alerta para retorno em larga escala

Panamá repudia ameaça de Trump de retomar o controle do Canal