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EUA avaliam reação militar a ataque químico na Síria, dizem fontes

Donald Trump prometeu uma ação vigorosa, dizendo que uma decisão será tomada em breve na esteira do possível ataque com armas químicas

Estados Unidos: autoridades disseram que os EUA estão cogitando uma reação militar multinacional ao suposto ataque com gás venenoso realizado na Síria (Jim Lo Scalzo-Pool/Getty Images)

Estados Unidos: autoridades disseram que os EUA estão cogitando uma reação militar multinacional ao suposto ataque com gás venenoso realizado na Síria (Jim Lo Scalzo-Pool/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 10 de abril de 2018 às 11h50.

Washington - Os Estados Unidos estão cogitando uma reação militar multinacional ao suposto ataque com gás venenoso realizado na Síria, disseram autoridades dos EUA à Reuters na segunda-feira, e especialistas listaram várias instalações importantes que poderiam ser alvos viáveis.

Também na segunda-feira o presidente norte-americano, Donald Trump, prometeu uma ação vigorosa, dizendo que uma decisão será tomada em breve na esteira do possível ataque com armas químicas na noite de sábado na cidade síria de Douma, que matou ao menos 60 pessoas e feriu mais de mil.

Os funcionários dos EUA, que falaram sob condição de anonimato, não revelaram qualquer plano, mas admitiram que opções militares estão sendo elaboradas. A Casa Branca, o Pentágono e o Departamento de Estado não quiseram comentar opções específicas ou se uma ação militar é provável.

Especialistas na guerra da Síria citaram a França e talvez até o Reino Unido e aliados do Oriente Médio como parceiros em potencial de qualquer operação militar norte-americana, que teria como meta desestimular o uso futuro de armas químicas na brutal guerra civil síria.

Em fevereiro o presidente francês, Emmanuel Macron, alertou que seu país atacaria a Síria se esta violasse tratados que proíbem o uso de armas químicas. A França tem mais de uma dúzia de aviões de guerra no Oriente Médio e pode planejar um ataque do mar.

A embaixadora britânica na Organização das Nações Unidas (ONU), Karen Pierce, disse aos repórteres que sua nação "preferiria começar com uma investigação apropriada", mas que todas as opções estão sendo cogitadas e que Londres está em contato constante com seus aliados franceses e norte-americanos.

Autoridades de inteligência dos EUA dizem crer que um ataque químico ocorreu de fato, mas que Washington ainda está coletando informações. Trump disse estar buscando esclarecimento sobre quem precisamente foi responsável pela agressão, sem dar detalhes.

Especialistas especularam que os ataques retaliatórios, se ocorrerem, provavelmente se concentrarão em instalações ligadas a relatos anteriores de ataques sírios com agentes químicos. Eles citaram possíveis ataques contra locais como a base aérea de Dumayr, que abriga helicópteros sírios Mi-8 e foi conectada nas redes sociais ao ataque contra Douma.

Uma autoridade dos EUA, que também pediu anonimato, não estava ciente de qualquer decisão de realizar os ataques, mas disse que qualquer plano de uma possível ação pode se concentrar em alvos associados com o programa de armas químicas sírio, mas tentando evitar a disseminação de substâncias venenosas em áreas civis.

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