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EUA apreende 36 milhões de doses de fentanil em menos de quatro meses

Como parte da iniciativa 'One Pill Can Kill', membros da agência antidrogas americana e outros agentes apreenderam mais de 10,2 milhões de comprimidos de fentanil

Programa oferece bolsas em instituições de ensino superior (Getty Images/Getty Images)

Programa oferece bolsas em instituições de ensino superior (Getty Images/Getty Images)

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AFP

Publicado em 27 de setembro de 2022 às 20h53.

Os Estados Unidos apreenderam entre maio e setembro o equivalente a 36 milhões de doses de fentanil, uma droga sintética introduzida pelos cartéis mexicanos, informou nesta terça-feira, 27, o Departamento de Justiça americano.

Como parte da iniciativa 'One Pill Can Kill' (Uma pílula pode matar, em inglês), membros da agência antidrogas americana (DEA) e outros agentes apreenderam mais de 10,2 milhões de comprimidos de fentanil e cerca de 444,5 quilos de fentanil em pó de 23 de maio a 8 de setembro, o que equivale a mais de 36 milhões de doses, detalha um comunicado.

Também foram apreendidas 338 armas, incluindo fuzis, espingardas, pistolas e granadas.

Dos 390 casos investigados, 51 estão ligados a intoxicações por overdose e 35 têm relação com os principais cartéis mexicanos responsáveis pela entrada de fentanil nos EUA: o Cartel de Sinaloa e o Cartel Jalisco Nueva Generación (CJNG).

Além disso, 129 investigações estão ligadas a plataformas de redes sociais, incluindo Snapchat, Facebook Messenger, Instagram e TikTok.

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"Em todo o país, o fentanil está devastando famílias e comunidades, e sabemos que os cartéis criminosos e violentos da droga são responsáveis por esta crise", afirmou o procurador-geral e secretário de Justiça dos EUA, Merrick Garland, citado no comunicado.

"A ameaça mais urgente para nossas comunidades, nossas crianças e nossas famílias são o Cartel de Sinaloa e o CJNG, que produzem e fornecem em massa o fentanil que está envenenando e matando os americanos", acusou a chefe da DEA, Anne Milgram.

Esses cartéis "são organizações criminosas implacáveis que usam o engano e a traição para gerar dependência com total desrespeito à vida humana", acrescentou.

Os EUA sofrem de uma dramática epidemia de opioides.

Em 2021, 107.622 americanos morreram por intoxicação ou overdose de drogas, um recorde.

As autoridades atribuem 66% dessas mortes aos opioides sintéticos como o fentanil, vendido pelos traficantes em um variedade de cores brilhantes, formas e tamanhos.

O fentanil é um opioide sintético 50 vezes mais potente que a heroína. Apenas dois miligramas, a quantidade que caberia na ponta de um lápis, são considerados uma dose potencialmente letal.

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