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EUA apontam indícios de intervenção russa na eleição do México

Autoridade sênior da Casa Branca indicou uma campanha sofisticada para influenciar a eleição mexicana neste ano

México: em julho, o país irá eleger um novo presidente para suceder Enrique Peña Nieto (Kevin C. Cox/Getty Images)

México: em julho, o país irá eleger um novo presidente para suceder Enrique Peña Nieto (Kevin C. Cox/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 8 de janeiro de 2018 às 09h04.

Cidade do México - O governo da Rússia lançou uma campanha sofisticada para influenciar a eleição presidencial de 2018 do México e incitar divisões, disse uma autoridade sênior da Casa Branca em vídeo publicado pelo jornal mexicano Reforma.

O assessor de segurança nacional dos Estados Unidos H.R. McMaster disse em discurso no mês passado à Fundação Jamestown, sediada em Washington, que já há evidências de envolvimento russo nas eleições mexicanas, marcadas para julho.

"Nós temos visto que este é realmente um esforço sofisticado para polarizar sociedades democráticas e colocar comunidades dentro destas sociedades umas contra as outras", disse McMaster em um vídeo de 15 de dezembro, até então desconhecido e que foi publicado no Twitter no sábado por um repórter do jornal mexicano Reforma.

"Você já vê, na realidade, indícios iniciais disso na campanha presidencial mexicana", disse McMaster, general da reserva do Exército. Ele não elaborou no vídeo sobre como a Rússia tem tentado influenciar a eleição.

O Reforma publicou uma reportagem no sábado sobre os comentários, que foi desde então compartilhada diversas vezes nas redes sociais.

O assessor de segurança nacional do presidente Donald Trump acrescentou no vídeo que o governo dos EUA está preocupado com o uso pela Rússia de avançadas ferramentas cibernéticas para impulsionar propaganda e desinformação.

Um pedido de comentário enviado ao escritório de McMaster na Casa Branca e um pedido de comentário do governo russo em Moscou não foram imediatamente respondidos no domingo.

O Kremlin tem repetidamente negado acusações de autoridades da inteligência dos EUA e outras agências sobre supostas interferências em eleições estrangeiras.

Em julho, o México irá eleger um novo presidente para suceder Enrique Peña Nieto, impedido por lei de buscar um segundo mandato de seis anos. Cadeiras no Congresso e algumas corridas estaduais também serão disputadas.

De acordo com pesquisas de opinião, o líder na disputa presidencial é o ex-prefeito de esquerda da Cidade do México Andrés Manuel López Obrador, que concorre com uma plataforma anticorrupção.

López Obrador, duas vezes segundo colocado na disputa presidencial e uma figura divisiva na política mexicana por mais de uma década, é visto por alguns analistas como o favorito do Kremlin, dada a cobertura positiva que tem recebido de veículos da mídia financiados pelo governo russo, como Sputnik e Russia Today.

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