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EUA apertam o cerco a Cuba, Venezuela e Nicarágua, diz Raúl Castro

Raúl Castro disse que com o avanço da direita na América Latina fez com que seus "inimigos" tentam destruir o exemplo de Cuba

O líder cubano também expressou solidariedade do nosso povo, partido e governo com Venezuela e Nicarágua (Sven Creutzmann/Pool/Reuters)

O líder cubano também expressou solidariedade do nosso povo, partido e governo com Venezuela e Nicarágua (Sven Creutzmann/Pool/Reuters)

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AFP

Publicado em 26 de julho de 2018 às 12h36.

O líder cubano Raúl Castro denunciou, nesta quinta-feira (26) que os Estados Unidos "apertam o cerco" sobre Cuba, Venezuela e Nicarágua, e pediu que estejam preparadas para "responder a cada desafio".

"Para nós, assim como para Venezuela e para Nicarágua, está muito claro que se aperta o cerco, e nosso povo deve estar alerta e preparado para responder a cada desafio com unidade, firmeza, otimismo e fé inabalável na vitória", afirmou Castro.

Segundo ele, o retorno de governos de direita ao poder na América Latina e uma política hostil de Washington em relação à esquerda regional "compuseram um cenário adverso e, outra vez, ressurge a euforia nos nossos inimigos e a pressa por tornar realidade o sonho de destruir o exemplo de Cuba".

Vestido com seu uniforme de general do Exército, Castro falou no ato central pelo 26 julho, 65º aniversário do assalto ao quartel Moncada, com o qual se iniciou a Revolução.

Castro se referiu às relações com os Estados Unidos, restabelecidas em julho de 2015, como "vínculos diplomáticos formais".

Ele destacou que, desde agosto de 2017, com o atual governo Donald Trump, "os vínculos bilaterais se degradaram", com a "desculpa" da chamada "guerra sônica", "cuja origem ninguém conseguiu explicar, nem provar".

Além disso, completa, "intensificou-se" o bloqueio americano contra Cuba, "em particular, a perseguição das nossas transações financeiras".

Os pronunciamentos oficiais de Washington sobre a ilha "se caracterizam pelo desrespeito, a agressividade, a ingerência e a grosseira manipulação da verdade histórica", disse Castro.

Ele advertiu Washington, porém, de que o povo cubano "correu todos os riscos e resistiu" durante 60 anos e que "por mais difíceis que sejam as circunstâncias, por maiores que sejam os desafios (...) defenderá para sempre sua Revolução socialista".

O líder cubano também expressou "a invariável solidariedade do nosso povo, partido e governo" com Venezuela e Nicarágua.

Castro afirmou que Cuba reivindica "a liberdade do companheiro (Luiz Inácio) Lula da Silva e seu direito a ser o candidato presidencial do Partido dos Trabalhadores" e felicitou o presidente eleito do México, Andrés Manuel López Obrador, "por este resultado histórico".

Raúl Castro cedeu em abril a Presidência para Miguel Díaz-Canel - também presente no ato -, mas conserva o cargo de primeiro-secretário do governista e único Partido Comunista (PCC).

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