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EUA anunciará saída do Conselho de Direitos Humanos da ONU, diz fonte

Governo americano não avançou em negociações para reformar órgão das Nações Unidas e vem ameaçando deixar conselho na metade de seu mandato

O presidente dos EUA, Donald Trump: país pode anunciar saída de órgão da ONU (Carlos Barria/Reuters)
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Reuters

Publicado em 19 de junho de 2018 às 15h38.

Última atualização em 19 de junho de 2018 às 19h30.

Washington - O secretário de Estado dos Estados Unidos , Mike Pompeo, e a embaixadora norte-americana na Organização das Nações Unidas (ONU), Nikki Haley, anunciarão nesta terça-feira que os EUA se retirarão do Conselho de Direitos Humanos da ONU , disse uma fonte do governo do presidente Donald Trump à Reuters.

Os EUA estão na metade de um mandato de três anos no principal organismo de direitos humanos da entidade e há tempos vinham ameaçado se desfiliar se este não fosse reformado, acusando o conselho de 47 membros sediado em Genebra de ser anti-Israel.

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Na semana passada a Reuters noticiou que ativistas e diplomatas disseram que as conversas com os EUA sobre uma reforma do órgão não atenderam às exigências de Washington, dando a entender que o governo Trump abandonará o fórum.

A saída de Washington marcará a rejeição norte-americana mais recente em engajamento multilateral desde que o país se desligou do acordo climático de Paris e do pacto nuclear com o Irã.

Os EUA estão enfrentando fortes críticas por deterem crianças separadas de seus pais imigrantes na fronteira EUA-México. Na segunda-feira Zeid Ra'ad al-Hussein, o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, pediu que Washington suspenda sua política "impiedosa".

Os EUA boicotaram o Conselho de Direitos Humanos da ONU durante três anos durante a gestão do presidente George W. Bush e voltaram ao organismo em 2009, já no governo de Barack Obama.

Um ano atrás Haley disse que Washington estava analisando sua filiação ao conselho e pediu uma reforma e a eliminação de um "viés anti-Israel crônico". O conselho criado em 2006 tem como item permanente de sua agenda as supostas violações cometidas por Israel nos territórios palestinos ocupados, item que Washington quer ver removido.

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