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EUA anunciam novas sanções contra Rússia por caso Skripal

As restrições econômicas decorrem do ataque químico contra o ex-agente duplo Serguei Skripal na Inglaterra, em 2018

Casa Branca: novas sanções econômicas à Rússia (Giuseppe Amoruso / EyeEm/Getty Images)
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AFP

Publicado em 3 de agosto de 2019 às 09h46.

O governo dos Estados Unidos impôs neste sábado, 03, novas sanções à Rússia pelo ataque químico contra o ex-agente duplo Serguei Skripal na Inglaterra, em 2018.

Com estas sanções, Washington fará oposição a qualquer ajuda à Rússia "por parte de instituições financeiras internacionais", limitará o acesso dos bancos americanos à dívida soberana russa e restringirá as exportações de bens e tecnologia, destacou a porta-voz do Departamento de Estado, Morgan Ortagus, em um comunicado.

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O governo norte-americano também limitará as exportações para a Rússia de produtos e tecnologia "de importância estratégica para o programa de armas químicas e biológicas" russo.

Estas medidas - adotadas de acordo com uma lei americana de 1991 relativa à eliminação de armas químicas e biológicas - entrarão em vigor "em 19 de agosto", após uma notificação do Congresso americano.

Depois da entrada em vigor, permanecerão operacionais durante 12 meses.

O comunicado afirma que "as medidas poderiam impedir a Rússia de ter acesso a bilhões de dólares de atividades comerciais bilaterais com os Estados Unidos".

A lei determina que as sanções somente poderão ser suspensas caso a Rússia ofereça garantias de que "não utilizará armas químicas no futuro" e se submeta ao controle de inspetores internacionais, assim como se indenizar as vítimas do ataque com o o agente Novichok.

Esta é a segunda bateria de sanções americanas neste caso. Em agosto de 2018, Washington adotou uma primeira série de medidas de represálias econômicas a Moscou, sobre a exportação de alguns produtos tecnológicos e sobre a venda de armas à Rússia.

Em 4 de março de 2018, o ex-agente duplo russo e sua filha Yulia foram encontrados inconscientes na cidade de Salisbury, no sul da Inglaterra, sendo imediatamente hospitalizados em estado grave.

Londres acusou Moscou de ser responsável pela tentativa de envenenamento de Skripal com um poderoso agente neurológico de concepção soviética - Novitchok - como represália por sua colaboração com os serviços britânicos de inteligência.

Uma ordem de prisão foi emitida contra dois russos suspeitos de executar o ataque e apresentados como membros da inteligência militar russa (GRU).

Moscou sempre negou qualquer responsabilidade no envenenamento do ex-espião.

O caso provocou uma crise diplomática que levou à expulsão de mais de 300 diplomatas, russos e ocidentais.

Serguei Skripal, ex-oficial do GRU, foi condenado em 2006 por "alta traição", mas foi beneficiado mais tarde por uma troca de espiões organizada por Moscou, Londres e Washington.

Skripal e sua filha receberam alta poucos meses depois do ataque e atualmente vivem escondidos. O episódio causou uma vítima colateral, uma mulher que faleceu depois de supostamente ter manipulado objetos contaminados com Novichok.

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