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EUA alertam que usarão sanções para responder a ciberataques

Washington - A Casa Branca alertou nesta terça-feira que usará sanções financeiras para responder a ataques de hackers contra a infraestrutura elétrica ou o sistema de transportes do país, além de ter destacado que a Rússia e a China estão cada vez mais "sofisticados" no manejo do ciberespaço. "Usaremos o poder das sanções, como fizemos […]


	Hackers: uma ordem executiva autoriza a impor "sanções aos que se envolvam em atividades cibernéticas significativamente maliciosas"
 (Gustavo Molina/SXC.hu)

Hackers: uma ordem executiva autoriza a impor "sanções aos que se envolvam em atividades cibernéticas significativamente maliciosas" (Gustavo Molina/SXC.hu)

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Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2016 às 11h40.

Washington - A Casa Branca alertou nesta terça-feira que usará sanções financeiras para responder a ataques de hackers contra a infraestrutura elétrica ou o sistema de transportes do país, além de ter destacado que a Rússia e a China estão cada vez mais "sofisticados" no manejo do ciberespaço.

"Usaremos o poder das sanções, como fizemos contra a Coreia do Norte após seu destrutivo ataque contra a Sony Pictures em novembro de 2014", disse a assessora do presidente Barack Obama para segurança nacional e luta contra o terrorismo, Lisa Monaco, em uma conferência internacional sobre cibersegurança em Nova York.

O governo de Obama dispõe de uma ordem executiva que o autoriza a impor "sanções aos que se envolvam em atividades cibernéticas significativamente maliciosas, como prejudicar a infraestrutura-chave do país", disse Monaco, segundo a Casa Branca.

Esses ataques podem ter como alvo "os sistemas de transporte ou a rede elétrica" dos EUA. Por isso, o governo usará as sanções "de forma seletiva contra as ameaças cibernéticas mais graves quando as condições forem as corretas e quando atuar seja beneficente para a política americana", acrescentou a assessora.

Monaco anunciou que Obama emitiu uma nova ordem executiva que estabelece como o governo federal deve responder aos ciberataques em todo o país, incluindo casos que envolverem entidades privadas.

A nova política garante que o governo "protegerá a privacidade, as liberdades civis e as informações dos afetados", além de coordenar sua resposta com a das vítimas para "minimizar qualquer interferência" entre as ações dos dois lados.

Também encarrega o FBI de liderar a resposta aos ciberataques porque "nem sempre está claro quando eles acabam de ocorrer se o responsável é um país ou um criminoso".

Além disso, o Departamento de Segurança Nacional será encarregado de "coordenar a ajuda às organizações que lidem com o impacto de um ciberataque ou invasão, e evitar que ele se propague".

O anúncio coincide com o escândalo gerado pelo vazamento de quase 20 mil e-mails do Comitê Nacional Democrata (CNC), partido de Obama, que foram publicados pelo Wikileaks antes da convenção que confirmará Hillary Clinton como candidata à presidência.

A campanha da ex-secretária de Estado acusou a Rússia de estar por trás do ciberataque que permitiu o vazamento dos e-mails, no qual funcionários do alto escalão do partido falam de estratégias para vencer Bernie Sanders, rival de Hillary nas eleições primárias democratas, e que deixam clara sua parcialidade no processo.

A Casa Branca, por sua vez, evitou atribuir responsabilidades e afirmou que o FBI está investigando o caso. Já a Rússia classificou de "absurdas" as acusações contra o país. EFE

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