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Estudantes protestam contra educação sexista no Chile

Estudantes do Ensino Médio protestam contra educação sexista, após protestos em universitárias contra o abuso sexual e pedindo maior inclusão das mulheres

Chile: estudantes estão ocupando universidades em Santiago desde 27 de abril (Ivan Alvarado/Reuters)

Chile: estudantes estão ocupando universidades em Santiago desde 27 de abril (Ivan Alvarado/Reuters)

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AFP

Publicado em 9 de maio de 2018 às 15h57.

Centenas de estudantes do Ensino Médio protestaram nesta quarta-feira (9), no centro de Santiago, para exigir uma "educação não sexista", em meio a uma onda de ocupações de sedes universitárias pedindo medidas contra o abuso sexual e uma maior inclusão das mulheres.

Convocados pela Coordenadora Nacional de Estudantes Secundários (Cones) em apoio às ocupações que se estendem por vários dias em ao menos 10 faculdades do país, os estudantes foram autorizados a marchar pela comuna de Recoleta, vizinha a Santiago.

Mas a direção se opôs e convocou a marcha para a Avenida Alameda. Sob um grande tecido com inscrições que exigiam "Educação sexual, pública, feminista e não sexista", os estudantes só conseguiram avançar alguns metros antes de serem dispersados pela Polícia, que usou jatos d'água e bombas de gás lacrimogêneo.

Os estudantes atacaram os policiais com pedras e pedaços de pau.

Há três semanas começou no Chile uma série de ocupações feministas nas faculdades, entre elas a de Direito da Universidade do Chile, a mais importante do país, que permanece tomada por seus alunos desde 27 de abril.

"Nossas instituições não conseguiram levar a sério a violência de gênero, de abordá-la e entendê-la como um fenômeno estrutural", disse Emilia Schneider, uma das porta-vozes da mobilização.

Entre as reivindicações dos estudantes está a implementação de protocolos para casos de denúncias de abuso sexual e violência de gênero junto com a introdução de matérias sobre gênero e a contratação de mais professoras.

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