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Estrangeiros da MSF deixam campo no Quênia após sequestros

Médicos sem Fronteiras decidiu retirar os estrangeiros do local após duas espanholas terem sido sequestradas

O Campo de refugiados de Dadaab, no Quênia: médicos estrangeiros deixaram o local (Oli Scarff/Getty Images)

O Campo de refugiados de Dadaab, no Quênia: médicos estrangeiros deixaram o local (Oli Scarff/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2011 às 18h27.

Dadaab, Quênia - A organização Médicos sem Fronteiras (MSF) anunciou, nesta sexta-feira, a retirada de seu pessoal estrangeiro do campo de refugiados de Dadaab, no Quênia, após o sequestro de duas espanholas, encarregadas de trabalhos logísticos, por islamitas somalis, que as teriam levado para seu país.

"Neste momento, as equipes estão fora dos campos" de refugiados, os maiores do mundo, disse esta sexta-feira o presidente da MSF Espanha, José Antonio Bastos Bastos, durante entrevista coletiva em Madri.

"A maioria dos estrangeiros foi evacuada, bem como funcionários locais que preferiram partir", destacou uma porta-voz da MSF Espanha.

A organização detalhou que seus serviços de emergência continuam funcionando com pessoal local e um grupo de funcionários estrangeiros.

Bastos informou que as duas mulheres sequestradas são a catalã Montserrat Serra, de 40 anos, e a madrilense Blanca Thiebaut, de 30, que trabalhavam na logística da construção de um hospital no campo de Ifoo, um dos três que formam o complexo de refugiados de Dadaab.

A polícia queniana afirmou esta sexta-feira que teme que as duas espanholas sequestradas na véspera por islamitas somalis tinham sido levadas para a Somália.

As duas mulheres foram sequestradas por três homens armados quando estavam no complexo de campos de Dadaab, que abriga 450.000 refugiados.

Na maior parte, trata-se de somalis que escaparam da guerra e da fome em seu país, a menos de 100 km de distância.

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