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Estes são os países que mais tratam mulheres e homens como iguais

Se nada mudar, a igualdade de gênero só será plenamente atingida no mercado de trabalho daqui 170 anos, em 2186

(Parys/Thinkstock)

Gabriela Ruic

Publicado em 26 de outubro de 2016 às 05h00.

Última atualização em 7 de março de 2017 às 18h24.

São Paulo – Se nada mudar, a igualdade de gênero só será plenamente atingida no mercado de trabalho daqui 170 anos, em 2186. A lacuna entre homens e mulheres neste ponto é de 59%, ainda distante de ser fechada (100%) e a maior observada no mundo desde 2008.

Essa assustadora constatação foi divulgada hoje pelo Fórum Econômico Mundial (FEM) por meio do Relatório Anual de Desigualdade Global de Gênero 2016, um estudo produzido todos os anos desde 2006. Nele, a desigualdade entre homens e mulheres é avaliada em quatro áreas (Participação Econômica e Oportunidade, Acesso à Educação, Saúde e Sobrevivência e Empoderamento Político) e 144 países.

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Se no pilar econômico, essa desigualdade seja evidente e preocupante, mostrando que ainda há muito que ser feito em prol de um tratamento igualitário para mulheres, nas áreas da Educação, Saúde e Sobrevivência e Empoderamento Político, os resultados observados pelo relatório são mais animadores.

De acordo com o estudo, a disparidade entre os sexos em Acesso à Educação fechou 1% em relação ao ano passado e está em 95%, próxima do fechamento total, enquanto em Saúde e Sobrevivência essa lacuna é de 96%. Já em Empoderamento Político, essa lacuna fechou 10% em dez anos, chegando neste ano a 23%.

O mundo evoluiu, é verdade, quanto o tema é igualdade de gênero. No entanto, na avaliação da entidade, a humanidade caminha lentamente em direção à paridade de gênero em todos os aspectos e em todos os países.

Países mais igualitários

O estudo conduzido pelo FEM apurou a situação em 144 países e os classificou de acordo com o grau de igualdade entre homens e mulheres em todos os quatro pilares. E pelo oitavo ano consecutivo, a Islândia reina soberana como o país mais igualitário do planeta.

O país tem 87% da lacuna entre homens e mulheres fechada na avaliação geral. Embora tenha obtido bons resultados no Acesso à Educação e Empoderamento Político, a Islândia obteve desempenhos ruins em dois pilares também importantes: Saúde e Sobrevivência e Participação Econômica e Oportunidade.

Neste último, o timing do ranking não poderia ter sido melhor: no último dia 24, as islandesas lembraram os 41 anos de uma greve na qual 90% delas deixaram de trabalhar para mostrar a importância das mulheres na força de trabalho e para lutar por salários iguais. O resultado no ranking do FEM, no entanto, mostra que a Islândia está longe do cenário ideal nesse ponto.

Na segunda colocação, uma mudança em relação ao ranking de 2015, com a Finlândia ultrapassando a Noruega, que caiu para a terceira colocação e é seguida pela Suécia.

O topo do ranking geral pertence aos escandinavos, é verdade, mas há espaço para boas surpresas, como a presença de Ruanda na quinta colocação e da Nicarágua em décimo lugar. O Brasil ocupava a 85ª posição em 2015, mas hoje saltou para a 79ª, na frente de países como Índia (87ª) e China (99ª), mas atrás da Venezuela (74ª) e Bolívia (23ª).

Na galeria abaixo, veja quais são os 15 países mais igualitários do mundo e confira os desempenhos obtidos por cada um deles nos pilares avaliados pelo Relatório Anual de Desigualdade Global de Gênero 2016. Quanto mais próxima de 1 é a pontuação em um quesito, mais próximo de fechar a lacuna entre os gêneros aquele país está.

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