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Estátua de juiz assassinado pela máfia italiana é decapitada

Não é a primeira vez que a estátua sofre danos, já que em 2010 e 2012 também foi danificada.

Gentiloni: "ulltrajar a memória de Falcone é uma mísera exibição de covardia", lamentou o premiê. (Wolfgang Rattay/Reuters)

Gentiloni: "ulltrajar a memória de Falcone é uma mísera exibição de covardia", lamentou o premiê. (Wolfgang Rattay/Reuters)

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EFE

Publicado em 10 de julho de 2017 às 12h02.

Última atualização em 10 de julho de 2017 às 21h33.

Roma - Uma estátua do juiz italiano Giovanni Falcone, pioneiro na luta contra a máfia e assassinado pela Cosa Nostra há 25 anos, foi decapitada em uma instituição de Palermo (Sicília), onde estava depositada.

Os responsáveis pelo ato de vandalismo, que ainda não foram identificados, entraram no pátio do instituto, decapitaram a estátua e lançaram a cabeça da mesma contra o vidro da principal entrada do centro, informaram os meios locais.

"Ultrajar a memória de Falcone é uma mísera exibição de covardia", se lamentou hoje na rede social Twitter o premiê italiano, Paolo Gentiloni.

Não é a primeira vez que a estátua sofre danos, já que em 2010 e 2012 também foi danificada.

No instituto no qual a estátua está depositada tem o nome dos juízes Giovanni Falcone e Paolo Borsellino, que iniciaram em 1986 o primeiro processo judicial que colocou no banco dos réus membros de Cosa Nostra (máfia siciliana), com até 486 pessoas envolvidas no chamado Maxiprocesso de Palermo.

Mas cinco anos depois, em 23 de maio de 1992, Falcone, sua esposa e três membros da sua escolta foram assassinados com um explosivo situado em um trecho da estrada de Capaci, perto do aeroporto de Palermo.

Menos de dois meses depois, em 19 de julho, a máfia também acabou com a vida de Borsellino após a explosão de um carro-bomba junto à casa da sua mãe.

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