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Estados Unidos testemunham a Papa-mania

Nos EUA vivem cerca de 1,8 milhão de cubanos que, em sua maioria católica, viram interesse pela Igreja multiplicar-se desde a eleição em março de papa Francisco


	Papa Francisco: na mídia, quase todo conteúdo – seja ele fotos, áudio, texto, vídeo – na qual o Vaticano e o Papa são protagonistas, gera súbito interesse
 (Getty Images)

Papa Francisco: na mídia, quase todo conteúdo – seja ele fotos, áudio, texto, vídeo – na qual o Vaticano e o Papa são protagonistas, gera súbito interesse (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2013 às 12h02.

Miami - Existem de fato duas Cubas. Uma é a ilha de Fidel Castro. A outra é Miami e outras cidades da Flórida onde moram muitos cubanos. Nos Estados Unidos vivem cerca de 1,8 milhão de cubanos, quantia considerável quando se leva em conta os 11 milhões que vivem em Cuba. Em sua maioria católica, viram seu interesse pela Igreja multiplicar-se desde a eleição em março de papa Francisco. É a Papa-mania.

Na mídia, quase todo conteúdo – seja ele fotos, áudio, texto, vídeo – na qual o Vaticano e o Papa são protagonistas, gera súbito interesse. "A notícia torna-se quase automaticamente a mais clicada no momento", diz a jornalista argentina Maria Arce, responsável pelo noticiário digital da Univisión, a principal rede de TV em língua espanhola dos Estados Unidos. "No começo atribuímos o fenômeno à novidade, por causa da chegada do Papa no Vaticano. Depois percebemos que era uma tendência que se estava consolidando, como de fato ocorreu", afirma Maria Elvira Salazar, da CNN em espanhol. "É verdade que este é o primeiro Papa proveniente da região, mas creio que somente isso não basta para explicar o que está acontecendo. Acredito, inclusive, que é um fenômeno que deva ser estudado", completa.

Outra questão que rende simpatia é que os pais de papa Francisco eram imigrantes italianos na Argentina e cresceu em uma família que falava uma língua diferente daquela que aprendia na escola. Em Miami reside a mais numerosa comunidade latino-americana nos Estados Unidos. Nas ruas da cidade é normal ouvir pessoas falando espanhol e ver nas vitrines das livrarias livros nesta língua ao lado de volumes em inglês. Muitos imigrantes ilegais – estima-se que sejam cerca de 11 milhões nos Estados Unidos – vêem o Papa como uma esperança enquanto aguardam que uma reforma da lei norte-americana de imigração seja feita, visto que recentemente o Congresso decidiu não tratar do assunto neste ano.

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