Mundo

Estado Islâmico em silêncio de 24 horas sem precedentes

A organização utiliza em particular o sistema de mensagens Telegram para difundir informação diária

EI: "A diminuição na produção da mídia do EI foi importante nas últimas semanas", diz pesquisador (Dado Ruvic/Reuters)

EI: "A diminuição na produção da mídia do EI foi importante nas últimas semanas", diz pesquisador (Dado Ruvic/Reuters)

A

AFP

Publicado em 23 de novembro de 2017 às 16h25.

O grupo extremista Estado Islâmico (EI), muito ativo na internet, onde posta regularmente sua propaganda, deixou de fazer isso durante mais de 24 horas entre esta quarta e quinta-feira, um silêncio considerado sem precedentes pelos analistas.

A organização utiliza em particular o sistema de mensagens Telegram para difundir informação diária.

"A diminuição na produção da mídia do EI foi particularmente importante nas últimas semanas", afirmou à AFP Charlie Winter, um pesquisador do Centro Internacional de Estudos sobre a Radicalização e a Violência Política.

"Mas nunca haviam se passado 24 horas de silêncio total", enfatizou.

As contas no Telegram do EI publicam em geral dezenas de mensagens por dia, que vão de notas de voz até fotos da vida cotidiana dos civis que vivem no califado autoproclamado pelos jihadistas.

No entanto, nas últimas horas, o grupo ultrarradical só esteve ativo durante 30 minutos e sem incluir seu chamado "programa diário". Depois, todas as publicações foram interrompidas e só retomadas na quinta-feira, com um áudio de quatro minutos sobre as operações militares na Síria e no Iraque, mas apenas em árabe.

Segundo o especialista, o EI pode estar mudando de lugar sua sede ou seus membros podem estar preparando uma nova estratégia midiática para se adatar à perda de territórios que vem sofrendo nos últimos meses na Síria e no Iraque.

Acompanhe tudo sobre:Estado IslâmicoTerroristas

Mais de Mundo

Violência após eleição presidencial deixa mais de 20 mortos em Moçambique

38 pessoas morreram em queda de avião no Azerbaijão, diz autoridade do Cazaquistão

Desi Bouterse, ex-ditador do Suriname e foragido da justiça, morre aos 79 anos

Petro anuncia aumento de 9,54% no salário mínimo na Colômbia