Esta é a 1ª mulher piloto de aviões de combates da história do Japão
Misa recebeu seu certificado como piloto de caças F-15 na última quarta-feira com o desejo de "abrir caminho para outras mulheres"
EFE
Publicado em 24 de agosto de 2018 às 10h17.
A primeiro-tenente Misa Matsushima, de 26 anos, se tornou na primeira mulher piloto de aviões de combates do Japão , um posição que há apenas três anos era exclusivamente reservada aos homens.
Misa, que recebeu seu certificado como piloto de caças F-15 na última quarta-feira com o desejo de "abrir caminho para outras mulheres " em uma instituição onde contam com baixa representação, foi destacada hoje à base aérea de Nyutabaru, confirmou à Agencia Efe um porta-voz das Forças Aéreas de Autodefesa.
"Quero me tornar uma piloto completa o mais rápido possível para abrir caminho a outras mulheres", disse Misa Matsushima, após obter sua certidão, em declarações divulgadas pelo jornal japonês "Asahi".
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A primeiro-tenente também manifestou seu desejo que quando a vissem "aumente o número de pessoas que desejem ser piloto".
Misa Matsushima juntou-se às Forças Aéreas de Autodefesa após se formar na Academia Nacional de Defesa, em 2014, e dois anos depois de obter uma licença de piloto, começou a preparação para conduzir aviões de combate.
As Forças Aéreas de Autodefesa do Japão suspenderam o veto para presença de mulheres em todas as áreas e manobras em 1993, exceto na condução dos aviões de combate e reconhecimento, que não eram permitidos até 2015.
A presença da mulher no exército japonês continua sendo baixa e apenas 6% do pessoal militar - 14 mil soldados - são mulheres, um número que está atrás de potências como os Estados Unidos e outros países industrializados, onde a média é dentre 10 e 15%, segundo dados do Ministério da Defesa do Japão.
O governo propôs dobrar a presença da mulher entre suas tropas nos próximos anos, em uma época que também busca promover sua incorporação em diferentes áreas de trabalho para enfrentar a falta de profissionais gerada pelo rápido envelhecimento da população e a baixa taxa natalidade.