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Esquema tinha 'contabilidade paralela' no Turismo

Esquema mascarava destino do dinheiro de convênios com o Estado do Amapá

Investigações apontam a conta da deputada Fátima Pelaes como o destino das verbas desviadas (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2011 às 19h08.

São Paulo - Uma contabilidade paralela foi montada pelas empresas envolvidas na fraude com recursos do Ministério do Turismo para mascarar o real destino do dinheiro de convênios com o Estado do Amapá e facilitar, segundo as investigações, o trânsito do dinheiro: a conta da deputada Fátima Pelaes (PMDB-AP). Em depoimentos prestados ao Ministério Público e entrevistas ao Estado, acusados de envolvimento no esquema revelaram detalhes da operação e afirmaram que a deputada pode ter recebido mais de R$ 1,5 milhão.

Nessa estratégia de disfarçar o destino do dinheiro desviado, um dos suspeitos revela ter assinado 60 cheques em branco em nome da Conectur, cooperativa fantasma subcontratada pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi), pivô do esquema, que se beneficiava dos recursos do Ministério do Turismo.

"Eu cheguei a assinar 60 cheques em branco de uma vez só", revelou ao Estado David Lorrann Silva Teixeira. "Eu assinava porque era o tesoureiro (da Conectur). Tinha que assinar", acrescentou. "Ele (Wladimir Furtado, dono da Conectur) me falava uma coisa e o que acontecida por trás era totalmente outra. Nunca imaginei que essa empresa teria essa fraude todinha."

As operações, incluindo seus detalhes, eram do conhecimento da deputada, conforme revelam conversas telefônicas gravadas pela Polícia Federal com autorização da Justiça. Em uma gravação, Maria Helena Necchi, diretora técnica do Ibrasi, diz que viajaria para Brasília para se reunir com Fátima. "Falei com ela que eu tô (sic) indo para falar com a deputada a história do convênio 2", afirmou Maria Helena, em ligação de 1º de maio. Na conversa com uma filha, Maria Helena afirma que não contaria para a outra filha que o Tribunal de Contas da União (TCU) já estava investigando esses convênios. "(Ela) sabe também que a deputada, por conta dessa história da Veja, está preocupada em dar continuidade." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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Nessa estratégia de disfarçar o destino do dinheiro desviado, um dos suspeitos revela ter assinado 60 cheques em branco em nome da Conectur, cooperativa fantasma subcontratada pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi), pivô do esquema, que se beneficiava dos recursos do Ministério do Turismo.

"Eu cheguei a assinar 60 cheques em branco de uma vez só", revelou ao Estado David Lorrann Silva Teixeira. "Eu assinava porque era o tesoureiro (da Conectur). Tinha que assinar", acrescentou. "Ele (Wladimir Furtado, dono da Conectur) me falava uma coisa e o que acontecida por trás era totalmente outra. Nunca imaginei que essa empresa teria essa fraude todinha."

As operações, incluindo seus detalhes, eram do conhecimento da deputada, conforme revelam conversas telefônicas gravadas pela Polícia Federal com autorização da Justiça. Em uma gravação, Maria Helena Necchi, diretora técnica do Ibrasi, diz que viajaria para Brasília para se reunir com Fátima. "Falei com ela que eu tô (sic) indo para falar com a deputada a história do convênio 2", afirmou Maria Helena, em ligação de 1º de maio. Na conversa com uma filha, Maria Helena afirma que não contaria para a outra filha que o Tribunal de Contas da União (TCU) já estava investigando esses convênios. "(Ela) sabe também que a deputada, por conta dessa história da Veja, está preocupada em dar continuidade." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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