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Espionagem em massa ameaça liberdade de opinião, diz Snowden

Em artigo, o ex-analista da CIA pediu uma resposta global ao problema


	Manifestantes com placas de Edward Snowden: "tais programas não são apenas uma ameaça contra a privacidade. Eles ameaçam a liberdade de opinião e as sociedades abertas", disse
 (John Macdougall/AFP)

Manifestantes com placas de Edward Snowden: "tais programas não são apenas uma ameaça contra a privacidade. Eles ameaçam a liberdade de opinião e as sociedades abertas", disse (John Macdougall/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de novembro de 2013 às 11h26.

Berlim - Os programas de espionagem em massa dos serviços secretos ameaçam a liberdade de opinião e as sociedades abertas, escreveu Edward Snowden em um artigo publicado neste domingo pela revista Der Spiegel.

O ex-analista da Inteligência americana, que é procurado em seu país por ter revelado informações sobre a Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos, considera que a vigilância em massa é um problema global que requer uma resposta global.

"Tais programas não são apenas uma ameaça contra a privacidade. Eles ameaçam a liberdade de opinião e as sociedades abertas", acrescentou no texto publicado em alemão pela revista.

Sob o título "Um manifesto pela verdade", Der Spiegel indica que Snowden escreveu o texto em 1º de novembro em Moscou e que ele foi enviado para a sede da revista por meio de canal encriptado.

As revelações de Snowden, publicadas em todo o mundo, têm causado tensões entre Washington e alguns de seus principais aliados.

"Quem diz a verdade não comete um crime", diz Snowden.

Segundo ele, alguns governos que se sentiram em um primeiro momento "desmascarados" pelas revelações de espionagem lançaram, em seguida, "uma campanha sem precedentes de perseguição", a fim de impedir qualquer debate.

No entanto, o debate continua em torno do mundo, acrescenta o ex- analista.

Quinta-feira, Snowden se reuniu com o deputado alemão Hans- Christian Stroebele em um local não revelado em Moscou após a publicação de documentos comprovando que a NSA grampeou o telefone celular da chanceler Angela Merkel.

Segundo Stroebele, Snowden expressou seu desejo de depor ante as autoridades alemãs.

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