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Espião disse que conhecia riscos de divulgar informações

"Eu entendo que sofrerei por causa de minhas ações e que a divulgação dessas informações para o público marca meu fim", afirmou Edward Snowden

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Edward Snowden, funcionário da Inteligência americana que revelou informações sigilosas
 (REUTERS / Ewen MacAskill / The Guardian)

Edward Snowden, funcionário da Inteligência americana que revelou informações sigilosas (REUTERS / Ewen MacAskill / The Guardian)

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Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2013 às, 13h58.

Washington - Edward Snowden usou o pseudônimo "Verax", palavra que significa "o narrador da verdade" em latin, ao se aproximar, com cautela, do repórter Barton Gellman, do Washington Post, com o objetivo de relevar os segredos de Estado sobre a coleta de informações de inteligência pelo governo norte-americano.

O funcionário da inteligência de 29 anos disse que conhecia os riscos que assumiu ao expor o programa de coleta de informações telefônicas e o programa de monitoração do uso da internet montado pelo governo norte-americano para monitorar ameaças de terrorismo.

Uma série de contatos indiretos precederam a primeira troca direta de informações, em 16 de maio, entre Snowden e Gellman. Snowden ainda não estava pronto para divulgar seu nome, mas disse que tinha certeza que seria exposto, informou o Post em matéria divulgada na noite de domingo.

"Eu entendo que sofrerei por causa de minhas ações e que a divulgação dessas informações para o público marca meu fim", escreveu ele no início de maio, antes de fazer seu primeiro contato direto. Ele advertiu que até mesmo o jornalista que apurava a matéria estavam em risco até que os dados fossem publicados.

Ele escreveu que a comunidade de inteligência norte-americana "muito provavelmente vai matá-lo se acharem que você é o único ponto de vazamento que pode interromper a divulgação".


Para colocar seu plano em prática, Snowden pediu garantias que o The Washington Post publicaria - no prazo de 72 horas - o textos completos de uma apresentação em PowerPoint descrevendo o PRISM, um programa de vigilância ultrassecreto para recolher informações de inteligência da Microsoft, Facebook, Google e outras empresas do Vale do Silício.

Ele também pediu ao Post que publicasse online uma chave criptográfica que ele poderia usar para provar a uma embaixada estrangeira que ele era a fonte dos documentos.

Gellman disse a ele que o Post não poderia dar qualquer garantia sobre o que ou quando a matéria seria publicada. O caso veio à tona duas semanas mais tarde, na quinta-feira.

O Post procurou autoridades do governo para avaliar os danos à segurança nacional antes da publicação da matéria e decidiu reproduzir apenas quatro dos 41 slides, escreveu Gellman em matéria na qual descreveu sua comunicação com Gellman.

Snowden respondeu, de forma sucinta: "Lamento que não tenhamos conseguido manter este projeto unilateral". Ele também entrou em contato com Glenn Greenwald, do jornal britânico The Guardian. Fonte: Associated Press.

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