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Especialistas da OMS preparam plano para combater ebola

A organização reúne 200 especialistas que darão recomendações para desenvolver tratamentos contra o ebola

Membros da Cruz Vermelha desinfectando roupas para evitar infecção do ebola (Dominique Faget/AFP)

Membros da Cruz Vermelha desinfectando roupas para evitar infecção do ebola (Dominique Faget/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2014 às 10h41.

Genebra - A Organização Mundial da Saúde (OMS) reúne nesta sexta-feira em Genebra 200 especialistas internacionais que darão suas recomendações para desenvolver urgentemente os tratamentos experimentais contra a epidemia do ebola, que continua atingindo a África ocidental.

O secretário-geral da Federação Internacional de sociedades da Cruz Vermelha, Elhadj As Sy, insistiu na emergência da situação.

Em um comunicado disse que os 1.700 voluntários da Cruz Vermelha dos países afetados pela epidemia, que devem encontrar os doentes, recuperar os corpos e localizar os que estiveram em contato com os doentes, "chegaram ao seu limite e estão literalmente esgotados".

"O medo, a ignorância e a estigmatização minam a eficácia dos esforços em nível local, e alimentam um círculo vicioso que só poderá se romper com um envolvimento duradouro de todos os sócios", disse.

"Em duas semanas, a crise se tornou mais alarmante do que nunca. O fator tempo é crucial para frear e conter a ameaça do ebola", concluiu Elhadj As Sy.

A OMS propôs na quinta-feira o desenvolvimento o mais rápido possível de oito tratamentos e duas vacinas experimentais contra o ebola, mas eles não estarão disponíveis para um uso generalizado antes do fim de 2014.

A Comissão Europeia anunciou nesta sexta-feira o repasse de 140 milhões de euros para ajudar os países afetados pelo ebola na África Ocidental, Guiné, Serra Leoa, Libéria e Nigéria.

A maior parte desse dinheiro, ou seja, 97,5 milhões de euros, será destinada a reforçar a oferta de serviços públicos e 38 milhões servirão para dar apoio aos sistemas sanitários, informou a Comissão em um comunicado.

Já a União Africana anunciou uma reunião de emergência na segunda-feira para definir uma estratégia em escala continental para esta epidemia que não consegue ser detida.

Até o momento não existe uma vacina homologada contra a doença e não existe um tratamento específico.

No início de agosto, um comitê de especialistas reunido pela OMS autorizou os tratamentos experimentais, diante das circunstâncias particulares desta epidemia sem precedentes. Desde então, as reservas do soro experimental ZMapp se esgotaram.

A OMS espera que os esforços em andamento para aumentar sua produção permitirão obter "algumas centenas de doses até o fim de 2014".

Segundo o último balanço da OMS, 1.841 pessoas morreram de um total de 3.665 casos registrados nos três países mais afetados: Libéria, Guiné e Serra Leoa.

A Nigéria é afetada em menor escala e um primeiro caso foi identificado no Senegal, o de um guineense que havia cruzado a fronteira.

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