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Espanha terá superado riscos do ebola dia 27, diz diretor

O país terá superado o vírus se, no dia 27, nenhuma das pessoas que tiveram contato com pessoa infectada apresentar sintomas, segundo diretor de hospital

Colega participa de manifestação de apoio à enfermeira infectada com o ebola em Madri (Curto de la Torre/AFP)

Colega participa de manifestação de apoio à enfermeira infectada com o ebola em Madri (Curto de la Torre/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2014 às 10h48.

Madri - A Espanha terá superado o risco do ebola no dia 27 se, na ocasião, nenhuma das pessoas que tiveram contato com a auxiliar de enfermagem infectada apresentar sintomas, afirmou nesta segunda-feira o diretor do hospital onde todos estão internados.

"A ciência é muito clara e acredito que uma mensagem muito importante a passar para a população é que o período de incubação da infecção oscila entre um período mínimo de dois dias e um período máximo de 21 dias", explicou Antonio Andreu, diretor do hospital Carlos III de Madri, em uma entrevista à rádio Onda Cero.

Andreu apontou 27 de outubro como a data em que "todas aquelas pessoas que estiveram em contato próximo de Teresa (Romero) que estão no momento em situação de vigilância epidemiológica, ou no hospital Carlos III porque são consideradas contatos de alto risco, ou em supervisão e vigilância ativa em domicílio, por serem contatos de baixo risco", terão completado estes 21 dias.

Se ninguém apresentar sintomas até este dia, "a situação ficará completamente livre" de risco, segundo o diretor do hospital.

A preocupação pelo ebola foi grande na Espanha desde que a auxiliar de enfermagem Teresa Romero se converteu, em 6 de outubro, na primeira pessoa a se contaminar com a doença fora da África.

Romero havia atendido dois missionários espanhóis infectados e repatriados de Libéria e Serra Leoa, que morreram no dia 12 de agosto e 25 de setembro, respectivamente.

Romero, de 44 anos, encontra-se estável dentro da gravidade, segundo o último boletim médico.

Outras quinze pessoas consideradas de alto risco por terem estado em contato direto com Romero estão sendo vigiadas no hospital, mas nenhuma tem sintomas.

"A situação de um ponto de vista clínico e epidemiológico está extremamente controlada", disse o diretor do hospital Carlos III.

"Acredito que é um elemento muito importante, que todos os contatos classificados de alto risco, ou seja, os 15 cidadãos que estão internados neste momento no hospital Carlos III em situação de quarentena com observação ativa permaneçam sem febre", disse.

Mais de 4.000 pessoas morreram de ebola em sete países desde o início da propagação desta febre hemorrágica, no início do ano, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cujo foco se encontra em Guiné, Libéria e Serra Leoa.

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