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Espanha reconhece oposição como representante legítimo sírio

O governo espanhol chegou a convidar o presidente da coalizão opositora síria a visitar o país


	O ministro de Assuntos Exteriores, José Manuel García-Margallo: "é essencial que a coalizão assuma as rédeas da oposição" 
 (Pierre-Philippe Marcou/AFP)

O ministro de Assuntos Exteriores, José Manuel García-Margallo: "é essencial que a coalizão assuma as rédeas da oposição"  (Pierre-Philippe Marcou/AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2012 às 09h06.

Madri - O governo da Espanha reconheceu nesta quinta-feira a oposição síria como "representante legítimo do povo sírio", anunciou o ministro de Assuntos Exteriores, José Manuel García-Margallo, convidando ainda o presidente da coalizão opositora, Moaz al Jatib, a visitar o país.

O ministro adiantou na noite da quarta-feira que Madrid reconhecerá a Coalizão Nacional de Forças da Oposição e da Revolução Síria durante encontro com jornalistas.

"Todos estamos de acordo que o presidente sírio Bashar al Assad, mesmo que só por razões humanitárias, deve deixar o poder", disse Margallo.

Nesta quinta, o ministério assegurou que o reconhecimento espanhol "responde ao esforço de diferentes facções da oposição para deixarem de lado suas diferenças e se unirem num projeto comum, como a UE e a Espanha têm exigido há muito tempo".

"A figura do presidente Moaz al Jatib foi chave para se chegar a um consenso", completou em comunicado, assegurando que "é essencial que a coalizão assuma as rédeas da oposição para garantir que sejam representadas as aspirações de todo o povo sírio no processo de transação política, não dando lugar, assim, aos setores extremistas".

Madrid lembra que "a coalizão nacional deu garantias de seu compromisso com os direitos humanos, e especialmente com os direitos das minorias, e de sua firme vontade de representar a todos os setores da sociedade síria".

O governo de Mariano Rajoy também convidou Al Jatib a visitar a Espanha para "transmitir o reconhecimento e o respaldo do governo".

A Espanha se une assim a outros países europeus como Itália e Reino Unido, enquanto que a França já anunciou que a coalizão opositora síria teria "um embaixador" em Paris.

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