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Da Redação
Publicado em 8 de junho de 2010 às 12h20.
Luxemburgo - A ministra de Economia e Fazenda da Espanha, Elena Salgado, insistiu hoje que o país fará "o necessário" para garantir que o déficit público caia para 6% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011.
"Temos o firme compromisso de fazer com que nosso déficit conjunto das administrações públicas seja de 6% em 2011. Portanto, se há algum desvio nos termos de execução orçamentária nos diferentes níveis da administração, tomaremos nesse momento as medidas necessárias para alcançar esse objetivo", explicou a ministra.
No entanto, Salgado, que também é a segunda vice-presidente do Governo espanhol, demonstrou confiar que as medidas aprovadas até agora serão suficientes para atingir esse objetivo.
Segundo a ministra, é preciso acrescentar às "medidas adicionais incorporadas à nossa consolidação depois do Conselho Europeu" de 7 de maio o plano de consolidação fiscal existente anteriormente, que já previa a redução do déficit para 3% do PIB em 2013.
O comissário de Assuntos Econômicos e Monetários europeu, Olli Rehn, que também participou do Conselho de Economia e Finanças da UE presidido por Salgado, incentivou a Espanha a realizar reformas "substanciais" do mercado de trabalho e do sistema previdenciário.
Perguntado sobre as declarações dadas na segunda-feira pelo presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, nas quais abria a possibilidade de a União Europeia (UE) pedir uma maior concretização sobre as medidas previstas pela Espanha a partir de 2011, Rehn evitou dar mais detalhes e remeteu à avaliação detalhada que publicará na semana que vem sobre todo o processo de consolidação fiscal da Espanha até 2013.
Fontes da UE presentes na reunião dos países da zona do euro confirmaram que, na segunda-feira, foi pedido à Espanha para que detalhe as medidas de consolidação que espera tomar a partir de 2011. Salgado também ouviu pedidos de reformas estruturais, além do saneamento das finanças públicas.
O Governo da Espanha negocia atualmente a reforma do mercado de trabalho com os agentes sociais, mas se comprometeu a aprová-la unilateralmente em 16 de junho, antes da próxima reunião dos líderes da União Europeia (UE), caso a negociação entre entidades patronais e sindicatos não chegue a um consenso nos próximos dias.