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Espanha dará veredicto sobre caso de fraude da princesa Cristina

Julgamento vem sendo acompanhado de perto em um país assolado por casos de corrupção de políticos de alto escalão

Princesa Cristina de Borbón, da Espanha (Albert Gea/Reuters)

Princesa Cristina de Borbón, da Espanha (Albert Gea/Reuters)

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Reuters

Publicado em 17 de fevereiro de 2017 às 09h56.

Última atualização em 17 de fevereiro de 2017 às 09h56.

Madri - Juízes da Espanha irão emitir nesta sexta-feira um veredicto no julgamento da princesa Cristina, irmã do rei espanhol Felipe, acusada de cumplicidade em um caso de fraude fiscal após uma longa investigação sobre as finanças de seu marido.

A princesa de 51 anos é um dos 18 réus no julgamento de um ano, ocorrido na esteira de um inquérito sobre uma instituição de caridade administrada por seu marido, Inaki Urdangarin, que procuradores dizem ter sido usada para desviar milhões de euros de fundos públicos.

O julgamento vem sendo acompanhado de perto em um país assolado por casos de corrupção de políticos de alto escalão e no setor bancário e no qual os níveis de desigualdade cresceram desde a crise financeira de 2008.

Cristina recebeu duas acusações de cumplicidade em fraude fiscal e, se for condenada, pode enfrentar até quatro anos de prisão por cada uma delas. O indiciamento criminal de um parente da família real seria algo inédito.

Como parte dos esforços de modernização da monarquia, o rei Felipe afastou Cristina e sua outra irmã Elena das funções reais ao chegar ao trono em 2014. No ano seguinte ele tirou o título de Duquesa de Palma de Cristina.

Urdangarin, ex-jogador olímpico de handball, enfrenta nove acusações, entre elas fraude e sonegação fiscal, que podem acarretar uma pena combinada de 19 anos e meio de prisão.

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