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Espanha acaba com subsídio por desemprego e dará ajuda a PMEs

Pacote de medidas também inclui a privatização parcial de aeroportos e das loterias nacionais

Fila do desemprego na Espanha: índice chega a 20% da população ativa no país (Jasper Juinen/Getty Images)

Fila do desemprego na Espanha: índice chega a 20% da população ativa no país (Jasper Juinen/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2010 às 10h20.

Madri - O chefe de Governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, anunciou nesta quarta-feira um pacote de medidas para enfrentar a crise que incluem a eliminação do subsídio mínimo por desemprego e a adoção de ajudas às pequenas e médias empresas ('pymes').

"O governo vai adotar na próxima sexta-feira um pacote de medidas para favorecer o investimento econômico e o emprego, que vão favorecer especialmente as 'pymes', pequenas e médias empresas muito afetadas pela crise", afirmou.

O subsídio mínimo por desemprego de 426 euros mensais aprovado durante a crise para aqueles que esgotaram a possibilidade de receber o seguro-desemprego, que tem duração máxima de dois anos, não estará mais em vigor, segundo o premier socialista.

A Espanha registra um índice de desemprego de quase 20% da população ativa devido à crise.

O pacote também inclui a privatização parcial da gestão aeroportuária e da agência estatal das loterias.

"Vamos privatizar 30% da sociedade estatal de Loterias e Apostas do Estado que vai ser criada", anunciou Zapatero em uma intervenção no Congresso de Deputados.

"Vamos permitir a entrada na gestão dos aeroportos e na prestação dos serviços aeroportuários de 49% de capital privado", completou.

A gestão dos aeroportos espanhois está a cargo da empresa pública Aena (Aeroportos Espanhois e Navegação Aérea).

Além disso, Zapatero também anunciou reduções de impostos para as pequenas e médias empresas, assim como a ampliação do conceito de pequena empresa, o que deve "beneficiar 40.000 pymes", e a "redução de prazos, custos e obstáculos para criar uma empresa".

A isso se acrescenta a regulação das agências privadas de recolocação de trabalhadores, em virtude da recentemente aprovada reforma trabalhista, medida que "favorecerá a criação de empregos", indicou Zapatero.

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