Refugiados na Eslovênia: "A fronteira continuará aberta, mas controlada" (Reuters)
Da Redação
Publicado em 10 de novembro de 2015 às 12h50.
Zagreb - A Eslovênia decidiu instalar "barreiras técnicas temporárias" na fronteira com a Croácia como resposta à incessante chegada de refugiados do Oriente Médio, segundo anunciou o primeiro-ministro, Miro Cerar, que esclareceu que esta medida não representa um fechamento fronteiriço.
O líder não descartou inclusive construir uma cerca para poder controlar melhor o fluxo migratório que passa pela rota dos Bálcãs de países do Oriente Médio rumo à Europa Ocidental, segundo a agência "STA".
"A fronteira continuará aberta, mas controlada. Como ser humano, é difícil decidir a instalação dessas barreiras técnicas. De nenhuma forma quero uma Europa com fronteiras fechadas. Mas, como primeiro-ministro, tenho que assumir a responsabilidade para assegurar uma afluência controlada de refugiados, impedir uma catástrofe humanitária e garantir a segurança", disse.
O político justificou a medida com o descumprimento dos acordos da União Europeia (UE) para regular e controlar a chegada de refugiados.
"Os acordos alcançados na cúpula de Bruxelas não são cumpridos, o número de refugiados não diminui", explicou Cerar após uma reunião do governo na qual se debateram novas medidas para proteger a fronteira.
O encontro foi convocado em meio à notícia que 30 mil refugiados passam pela Grécia para percorrer a rota que passa por Macedônia, Sérvia, Croácia e Eslovênia rumo a Áustria e Alemanha.
"A emigração em massa é muita para um país de dois milhões de habitantes", argumentou.
Nos últimos dias, as chegadas de refugiados tinham diminuído em comparação com a média das semanas anteriores. Na segunda-feira foram contabilizadas 5.300 entradas na Eslovênia.
A ministra do Interior, Vesna Györkös Znidar, explicou que a função das barreiras será "garantir uma afluência controlada dos emigrantes e da segurança".
"Espero que a União Europeia faça todos os esforços possíveis para a proteção do espaço de Schengen", declarou.