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Escutas de Briatore revelam mais festas de Berlusconi após escândalo Ruby

Grampos fazem parte de uma investigação contra Briatore pelo suposto delito de evasão fiscal conduzida pela Promotoria de Gênova

Promotoria de Milão sustenta que Berlusconi manteve relações sexuais com a jovem Karima el Mahroug, conhecida como Ruby R., quando esta ainda era menor de idade em troca de dinheiro e presentes. (Giorgio Cosulich/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2011 às 10h16.

Roma - Uma série de escutas telefônicas feitas com o empresário Flavio Briatore revelam que o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, continuou realizando festas de índole sexual em suas residências privadas depois de o caso Ruby vir a público.

Como detalham neste sábado os jornais "La Repubblica" e "Corriere della Sera", os grampos fazem parte de uma investigação contra Briatore pelo suposto delito de evasão fiscal conduzida pela Promotoria de Gênova, que enviou os conteúdos que citam Berlucosni à Promotoria de Milão, que acompanha o caso Ruby.

Conforme o jornal "La Repubblica", as supostas conversas telefônicas de Briatore que falam em Berlusconi são com sua amiga, empresária e política Daniela Santanché.

Em um dos diálogos, ocorrido "há dois meses", Santanché diz a Briatore: "não tenho palavras. Por que Berlusconi continua com o 'bunga-bunga' (expressão utilizada para definir alguns episódios, supostamente de índole sexual, que ocorriam nas festas de Berlusconi)".

Briatore responde: "ele está doente, Dani. Seu deleite é vê-las (mulheres) cansadas. Cansadas após o sexo e dizendo que estão cansadas e que ele acabou com elas".

"La Repubblica" reproduz uma conversa do dia 3 de abril em que Briatore conta a Santanché que em Monte Carlo, em Mônaco, recebeu a visita da agente de celebridades Lele Mora, também investigada no caso Ruby por incitação à prostituição.

Segundo Briatore, Mora explicou a ele durante esse encontro que "tudo continua como se nada tivesse acontecido", embora as festas já não ocorram mais na casa de Berlusconi em Arcore, perto de Milão, mas em "outra mansão".

"Tudo está como antes. Não mudou nada. Os mesmos atores (...) o mesmo filme, projetado em um cinema diferente (...). Como antes, até mais do que antes. O mesmo grupo, alguma nova participante, mas a base do filme é a mesma", afirma Briatore no diálogo reproduzido por "La Repubblica".

A investigação do caso Ruby, pelo qual Berlusconi está sendo julgado por incitação à prostituição de menores e abuso de poder, veio à tona em janeiro.

A Promotoria de Milão, encarregada do caso, sustenta que Berlusconi manteve relações sexuais com a jovem Karima el Mahroug, conhecida como Ruby R., quando esta ainda era menor de idade em troca de dinheiro e presentes.

O nome de Ruby, no entanto, já havia aparecido nos jornais em novembro de 2010, quando foi divulgado que Berlusconi havia ligado meses antes à delegacia de Milão onde a jovem permanecia detida por um furto e intercedeu por sua libertação, uma postura que faz com que o líder seja acusado de abuso de poder.

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Roma - Uma série de escutas telefônicas feitas com o empresário Flavio Briatore revelam que o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, continuou realizando festas de índole sexual em suas residências privadas depois de o caso Ruby vir a público.

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Conforme o jornal "La Repubblica", as supostas conversas telefônicas de Briatore que falam em Berlusconi são com sua amiga, empresária e política Daniela Santanché.

Em um dos diálogos, ocorrido "há dois meses", Santanché diz a Briatore: "não tenho palavras. Por que Berlusconi continua com o 'bunga-bunga' (expressão utilizada para definir alguns episódios, supostamente de índole sexual, que ocorriam nas festas de Berlusconi)".

Briatore responde: "ele está doente, Dani. Seu deleite é vê-las (mulheres) cansadas. Cansadas após o sexo e dizendo que estão cansadas e que ele acabou com elas".

"La Repubblica" reproduz uma conversa do dia 3 de abril em que Briatore conta a Santanché que em Monte Carlo, em Mônaco, recebeu a visita da agente de celebridades Lele Mora, também investigada no caso Ruby por incitação à prostituição.

Segundo Briatore, Mora explicou a ele durante esse encontro que "tudo continua como se nada tivesse acontecido", embora as festas já não ocorram mais na casa de Berlusconi em Arcore, perto de Milão, mas em "outra mansão".

"Tudo está como antes. Não mudou nada. Os mesmos atores (...) o mesmo filme, projetado em um cinema diferente (...). Como antes, até mais do que antes. O mesmo grupo, alguma nova participante, mas a base do filme é a mesma", afirma Briatore no diálogo reproduzido por "La Repubblica".

A investigação do caso Ruby, pelo qual Berlusconi está sendo julgado por incitação à prostituição de menores e abuso de poder, veio à tona em janeiro.

A Promotoria de Milão, encarregada do caso, sustenta que Berlusconi manteve relações sexuais com a jovem Karima el Mahroug, conhecida como Ruby R., quando esta ainda era menor de idade em troca de dinheiro e presentes.

O nome de Ruby, no entanto, já havia aparecido nos jornais em novembro de 2010, quando foi divulgado que Berlusconi havia ligado meses antes à delegacia de Milão onde a jovem permanecia detida por um furto e intercedeu por sua libertação, uma postura que faz com que o líder seja acusado de abuso de poder.

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