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Erdogan diz que golpe na Turquia foi concebido no exterior

O presidente turco acusou o Ocidente de apoiar o terrorismo e de defender golpes de Estado

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan: "esta tentativa de golpe tem atores dentro da Turquia, mas seu roteiro foi escrito no exterior" (Huseyin Aldemir/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2016 às 16h20.

Ancara/Istambul - O presidente da Turquia , Tayyip Erdogan , acusou nesta terça-feira o Ocidente de apoiar o terrorismo e de defender golpes de Estado, questionando a relação de seu país com os Estados Unidos e dizendo que o "roteiro" da tentativa fracassada de deposição do governo turco no mês passado foi "escrito no exterior".

Em um discurso beligerante feito em seu palácio em Ancara, Erdogan afirmou que escolas com patrocínio estatal nos EUA são a principal fonte de renda da rede do clérigo Fethullah Gulen, que vive nos EUA e que Ancara diz ter sido o mentor do golpe sangrento do dia 15 de julho.

"Estou perguntando aos Estados Unidos: que tipo de parceiros estratégicos somos nós se vocês ainda acolhem alguém cuja extradição eu pedi?", indagou Erdogan no discurso a representantes locais de empresas multinacionais que operam em solo turco.

"Esta tentativa de golpe tem atores dentro da Turquia, mas seu roteiro foi escrito no exterior. Infelizmente, o Ocidente está apoiando o terrorismo e defende golpistas", disse ele, cujos comentários foram recebidos com aplausos e transmitidos ao vivo.

Gulen, que tem 75 anos e vive em um exílio autoimposto no Estado norte-americano da Pensilvânia desde 1999, nega qualquer envolvimento no golpe fracassado.

O presidente dos EUA, Barack Obama, disse que Washington só vai extraditá-lo se a Turquia fornecer indícios de atos ilegais.

Os desdobramentos do golpe malfadado, no qual mais de 230 pessoas morreram, aprofundaram o cisma entre Ancara e seus aliados ocidentais.

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Em um discurso beligerante feito em seu palácio em Ancara, Erdogan afirmou que escolas com patrocínio estatal nos EUA são a principal fonte de renda da rede do clérigo Fethullah Gulen, que vive nos EUA e que Ancara diz ter sido o mentor do golpe sangrento do dia 15 de julho.

"Estou perguntando aos Estados Unidos: que tipo de parceiros estratégicos somos nós se vocês ainda acolhem alguém cuja extradição eu pedi?", indagou Erdogan no discurso a representantes locais de empresas multinacionais que operam em solo turco.

"Esta tentativa de golpe tem atores dentro da Turquia, mas seu roteiro foi escrito no exterior. Infelizmente, o Ocidente está apoiando o terrorismo e defende golpistas", disse ele, cujos comentários foram recebidos com aplausos e transmitidos ao vivo.

Gulen, que tem 75 anos e vive em um exílio autoimposto no Estado norte-americano da Pensilvânia desde 1999, nega qualquer envolvimento no golpe fracassado.

O presidente dos EUA, Barack Obama, disse que Washington só vai extraditá-lo se a Turquia fornecer indícios de atos ilegais.

Os desdobramentos do golpe malfadado, no qual mais de 230 pessoas morreram, aprofundaram o cisma entre Ancara e seus aliados ocidentais.

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