Assange: o Departamento de Estado dos EUA disse não ter nenhum papel na restrição (Dan Kitwood/Getty Image)
Reuters
Publicado em 19 de outubro de 2016 às 10h40.
Quito - O governo do Equador admitiu na terça-feira que restringiu parcialmente o acesso de internet de Julian Assange, fundador do WikiLeaks que mora na embaixada do país sul-americano em Londres desde meados de 2012.
O WikiLeaks disse que Assange ficou sem conectividade no domingo, o que levou à especulação de que o Equador pode estar sofrendo pressão dos Estados Unidos devido ao fato do grupo ter publicado material hackeado ligado à candidata democrata à Casa Branca, Hillary Clinton.
Em comunicado, o governo equatoriano informou que a decisão do WikiLeaks de divulgar documentos que afetam a eleição dos EUA foi de sua inteira responsabilidade, e que a nação sul-americana não cedeu à pressão de qualquer outra.
"Com respeito a isso, o Equador, exercitando seu direito soberano, restringiu temporariamente o acesso a parte de seus sistemas de comunicação em sua embaixada do Reino Unido", acrescentou em comunicado.
"O governo do Equador respeita o princípio de não-intervenção em assuntos de outros países, não interfere em processos eleitorais em andamento, nem apóia qualquer candidato em especial".
Anteriormente na terça-feira, o Departamento de Estado dos EUA disse não ter nenhum papel na restrição ao acesso de internet de Assange.