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Enviado especial dos EUA à Ucrânia renuncia após polêmica com Trump

Demissão do ex-embaixador dos Estados Unidos aprofunda crise americana que pode culminar no impeachment presidente Donald Trump

Kurt Volker: ex-embaixador americano se demitiu na sexta-feira (Valentyn Ogirenko/Reuters)
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AFP

Publicado em 28 de setembro de 2019 às 09h37.

São Paulo – O emissário dos Estados Unidos para a Ucrânia , Kurt Volker, renunciou nesta sexta-feira (27) após ser convocado pelo Congresso para depor em uma investigação que pode resultar no julgamento de impeachment do presidente Donald Trump .

Uma fonte familiarizada com o tema e que pediu para ter sua identidade preservada confirmou a renúncia de Volker, que foi informada em primeira instância pelo jornal estudantil da Universidade do Estado do Arizona, onde o diplomata dirige um instituto.

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Dados de um informante divulgados na quinta-feira revelaram que Volker se reuniu com altos dirigentes ucranianos para saber de que forma fazer chegar as demandas do presidente Trump ao chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky.

A queixa acusou Trump de pressionar Zelensky em um telefonema em 25 de julho para fornecer dados comprometedores sobre o ex-vice-presidente Joe Biden , o candidato favorito a representar os democratas contra Trump nas presidenciais de 2020.

Volker é um diplomata veterano com experiência em assuntos europeus, que foi nomeado embaixador da Otan durante o governo George W. Bush.

Depois de deixar o serviço diplomático, atuou como consultor e, em 2012, foi nomeado diretor executivo do Instituto McCain da Universidade Estadual do Arizona, um centro dedicado à segurança nacional com o nome do senador e candidato à presidência republicana John McCain.

Em 2017, o governo Trump o nomeou o responsável pelas políticas dos Estados Unidos em relação à Ucrânia, em um acordo incomum pelo qual ele praticamente trabalhou como voluntário no Departamento de Estado e poderia simultaneamente cumprir suas tarefas acadêmicas.

Como enviado à Ucrânia, Volker foi encarregado da supervisão do apoio dos EUA à Ucrânia, que enfrenta uma revolta separatista apoiada pela Rússia.

Mais de 13 mil pessoas morreram desde o início do conflito em 2014, ano em que a Rússia anexou a península ucraniana da Crimeia.

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