Iêmen: a ONU prevê o estabelecimento de um governo de unidade no Iêmen e a retirada dos rebeldes da capital e de outras cidades (Getty Images)
AFP
Publicado em 16 de janeiro de 2017 às 19h57.
O mediador da ONU visitou Aden, nesta segunda-feira (16), para falar com o presidente do Iêmen, Abd Rabo Mansur Hadi, em um momento que a organização estima que 10 mil civis morreram desde março de 2015.
O enviado Ismail Uld Sheikh Ahmed foi ao Iêmen para "apresentar (a Hadi) uma nova proposta de paz" com o objetivo de terminar uma guerra de quase dois anos, disse o porta-voz da ONU Farhan Haq.
A Organização das Nações Unidas indicou que o número de civis mortos em combates chega a 10 mil - acima da recontagem anterior de sete mil - desde que a força liderada pela Arábia Saudita interveio, em março de 2015.
Esta alta cifra de vítimas "destaca a necessidade de resolver a situação no Iêmen sem demora", disse Haq.
"Há um grande custo humanitário", indicou.
Ismail Uld Sheikh Ahmed espera reativar o processo de paz no Iêmen depois que Hadi recusou um roteiro proposto inicialmente. Ele deve reportar no final deste mês ao Conselho de Segurança da ONU.
A proposta prevê o estabelecimento de um governo de unidade no Iêmen e a retirada dos rebeldes da capital e de outras cidades.
Também aborda uma importante redução do poder de Hadi em benefício da nomeação de um novo vice-presidente, que teria a função de supervisionar a formação de um governo provisório até que sejam realizadas novas eleições.
Nas semanas anteriores, o enviado da ONU manteve outras conversas na região do Golfo, inclusive em Riad, onde se reuniu com o governador do Banco Central do Iêmen para analisar a falta de moeda em áreas ocupadas pelos rebeldes.