EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 25 de novembro de 2013 às 08h02.
Trípoli - Pelo menos dez pessoas morreram e 39 ficaram feridas nos enfrentamentos registrados na madrugada desta segunda-feira entre o exército líbio e membros do grupo salafista Ansar al Sharia na cidade de Benghazi, informaram à Agência Efe fontes médicas e de segurança.
Segundo um membro das forças de segurança, sete membros do grupo radical islâmico e três militares morreram nos distúrbios.
No entanto, uma fonte do hospital Al Yala de Benghazi elevou para quatro o número de soldados mortos e acrescentou que um civil também perdeu a vida no tiroteio.
Além disso, entre os feridos há uma menor que foi atingida por uma bala perdida.
Aparentemente, os choques começaram no início da madrugada, quando membros da Ansar al Sharia (Partidários da Lei Islâmica) pararam um homem em uma rua e começaram a discutir com ele.
Vários moradores do local saíram de suas casas armados com a intenção de defender o vizinho.
A situação resultou em um enfrentamento entre os habitantes do bairro e membros do grupo salafista, que no meio do tiroteio dispararam contra uma patrulha do exército que passava pela área.
Após o ocorrido, foram enviados reforços militares ao lugar dos enfrentamentos, que posteriormente se estenderam para vários bairros da cidade, a segunda mais importante do país.
Nos choques, uma clínica administrada pela Ansar al Sharia foi saqueada e incendiada por homens armados, enquanto milicianos do grupo salafista assaltaram escritórios da administração local.
Os choques provocaram pânico em grande parte da cidade e os colégios não abriram hoje suas portas.
As autoridades militares pediram para que a população evite circular pelas zonas onde se registraram os enfrentamentos.
A Ansar al Sharia, criada após a queda da ditadura de Muammar Kadafi, é uma das principais organizações islamitas ativas na Líbia.
Funcionários americanos consideram que este grupo salafista está por trás dos ataques contra o consulado americano de Benghazi, ocorrido em 11 de setembro de 2012, no qual morreram o embaixador Chris Stevens e outros três cidadãos dos Estados Unidos.