Energia de hoje é tão suja quanto há 20 anos
Relatório da Agência Internacional da Energia indica que esforço para limpar a matriz energética mundial está estagnado - o que enfraquece a luta contra o aquecimento global
Vanessa Barbosa
Publicado em 17 de abril de 2013 às 16h26.
São Paulo - O desenvolvimento mundial das tecnologias de energia limpa continua bem abaixo do nível necessário para evitar os piores impactos das mudanças climáticas , advertiu a Agência Internacional de Energia (AIE), em seu relatório anual sobre o progresso de fontes limpas, divulgado nesta quarta-feira.
Com a predominância do carvão na geração de energia global, especialmente nos países emergentes, como China e Índia, parece cada vez mais improvável que a meta internacional para limitar o aumento da temperatura média em 2 º C seja atendida, sugere o estudo.
“O esforço para limpar o sistema de energia está estagnado", afirmou o diretor executivo da entidade Maria van der Hoeven. "Apesar de muita conversa com os líderes mundiais, e apesar do boom das energias renováveis ao longo da última década, a unidade média de energia produzida hoje é basicamente tão suja como era 20 anos atrás".
Para ilustrar essa inércia, o relatório Tracking Clean Energy Progress (Rastreando o Progresso da Energia Limpa) apresenta um índice de intensidade de carbono do setor de energia (ESCII), que mostra o quanto de dióxido de carbono é emitido, em média, para fornecer uma determinada unidade de energia. Em 1990, o ESCII ficou em 2,39 toneladas de CO2 por tonelada de óleo equivalente (tCO2/tep). Vinte anos depois, em 2010, este índice manteve-se em 2,37 tCO2/tep.
Como resultado, o relatório calcula a quantidade de CO2 emitida por cada unidade de fornecimento de energia caiu em menos de um por cento a partir de 1990. Na prática, os investimentos bilionários já realizados em prol de tecnologias mais limpas está sendo anulado pelo crescimento do uso de fontes sujas.
Para se ter uma ideia do descompasso, enquanto a geração de combustível não-fóssil cresceu cerca de um quarto entre 2000 e 2010, o aumento da geração a partir do carvão no mesmo período foi de 45%.
São Paulo - O desenvolvimento mundial das tecnologias de energia limpa continua bem abaixo do nível necessário para evitar os piores impactos das mudanças climáticas , advertiu a Agência Internacional de Energia (AIE), em seu relatório anual sobre o progresso de fontes limpas, divulgado nesta quarta-feira.
Com a predominância do carvão na geração de energia global, especialmente nos países emergentes, como China e Índia, parece cada vez mais improvável que a meta internacional para limitar o aumento da temperatura média em 2 º C seja atendida, sugere o estudo.
“O esforço para limpar o sistema de energia está estagnado", afirmou o diretor executivo da entidade Maria van der Hoeven. "Apesar de muita conversa com os líderes mundiais, e apesar do boom das energias renováveis ao longo da última década, a unidade média de energia produzida hoje é basicamente tão suja como era 20 anos atrás".
Para ilustrar essa inércia, o relatório Tracking Clean Energy Progress (Rastreando o Progresso da Energia Limpa) apresenta um índice de intensidade de carbono do setor de energia (ESCII), que mostra o quanto de dióxido de carbono é emitido, em média, para fornecer uma determinada unidade de energia. Em 1990, o ESCII ficou em 2,39 toneladas de CO2 por tonelada de óleo equivalente (tCO2/tep). Vinte anos depois, em 2010, este índice manteve-se em 2,37 tCO2/tep.
Como resultado, o relatório calcula a quantidade de CO2 emitida por cada unidade de fornecimento de energia caiu em menos de um por cento a partir de 1990. Na prática, os investimentos bilionários já realizados em prol de tecnologias mais limpas está sendo anulado pelo crescimento do uso de fontes sujas.
Para se ter uma ideia do descompasso, enquanto a geração de combustível não-fóssil cresceu cerca de um quarto entre 2000 e 2010, o aumento da geração a partir do carvão no mesmo período foi de 45%.