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Emir do Qatar abdica em favor do filho

O príncipe herdeiro tem 33 anos e será o soberano mais jovem das monarquias do Golfo Pérsico

Imagem do pronunciamento na TV do Catar do xeque Hamad ben Khalifa al Thani em que o líder abre mão do poder: segundo anúncio, abdicação em favor do filho foi para dar espaço à nova geração (Ho/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2013 às 10h47.

Doha - O emir do Catar , xeque Hamad ben Khalifa al Thani, abdicou nesta terça-feira em favor do filho, o príncipe herdeiro Tamim, para dar espaço à nova geração, segundo seu anúncio, um fato inédito no mundo árabe e neste rico e diplomaticamente estratégico Estado do Golfo.

"Chegou a hora de iniciar uma nova página e confiar as responsabilidades à nova geração", disse o emir, de 61 anos, em um discurso exibido na televisão.

"Hoje anuncio que entrego o poder ao xeque Tamim ben Hamad al Thani", completou o até então chefe de Estado do rico território produtor de gás do Golfo.

"Estou convencido de que (Tamim) colocará o interesse do país e a prosperidade de seu povo acima de tudo", completou.

O novo emir tem 33 anos e será o soberano mais jovem das monarquias do Golfo Pérsico.

A abdicação do xeque Hamad, que assumiu o trono em 1995 após uma revolução palaciana, é um fato inédito no Catar e na história recente do mundo árabe, onde até agora nunca um soberano havia renunciado ao poder voluntariamente.

O xeque Hamad derrubou o pai, o xeque Khalifa, em 27 de junho de 1995, durante uma revolução dentro do palácio e herdou um pequeno emirado quase desconhecido então, com os cofres quase vazios.

Em 18 anos, o Catar passou a ser considerado o país mais rico do mundo, com um PIB per capita de 86.440 dólares em 2011, segundo o Banco Mundial, e um protagonista de peso tanto no mundo árabe como na região.


O novo emir, de 33 anos, será o soberano mais jovem de uma monarquia do Golfo.

Nascido em 1952, o emir Hamad teria problemas renais, segundo fontes políticas.

Nesta terça-feira foi decretado feriado no Catar e personalidades compareceram ao palácio para saudar o novo emir.

"A decisão do emir é coerente com a política do Catar", afirmou Salman Shaikh, diretor do Brookings Doha Center.

"O emir considera que depois de ter passado 18 anos no poder, chegou o momento de dar passagem à nova geração. O que é notável é que a decisão tenha sido tomada apesar da situação crítica na região", completou.

O xeque Tamim, quarto filho do emir, foi nomeado príncipe herdeiro há 10 anos e ganhou autoridade com o passar do tempo ao assumir o comando de temas sensíveis da política interna e estrangeira.

Sua mãe é a muito influente Moza, segunda esposa do soberano.

Tamim também era comandante-em-chefe adjunto das Forças Armadas. Recebeu do pai gradualmente a gestão do exército e da segurança, segundo uma fonte diplomática ocidental.

O novo líder do país, com bigode fino e expressão geralmente sorridente, comanda o Comitê Olímpico do Catar e está à frente da organização da Copa do Mundo de 2022, que será disputada no país.

O xeque Tamim, cujo país é um fiel aliado dos Estados Unidos, "tem excelentes relações com o Ocidente, em particular Estados Unidos e França", destaca a mesma fonte.

A mudança provocará uma grande reforma ministerial, com a possível saída do poderoso primeiro-ministro Hamad ben Khassem ben Jabr al-Thani, no cargo desde 2007 e que teve papel essencial no apoio às revoltas árabes, que prossegue atualmente com o suporte à rebelião síria.

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Doha - O emir do Catar , xeque Hamad ben Khalifa al Thani, abdicou nesta terça-feira em favor do filho, o príncipe herdeiro Tamim, para dar espaço à nova geração, segundo seu anúncio, um fato inédito no mundo árabe e neste rico e diplomaticamente estratégico Estado do Golfo.

"Chegou a hora de iniciar uma nova página e confiar as responsabilidades à nova geração", disse o emir, de 61 anos, em um discurso exibido na televisão.

"Hoje anuncio que entrego o poder ao xeque Tamim ben Hamad al Thani", completou o até então chefe de Estado do rico território produtor de gás do Golfo.

"Estou convencido de que (Tamim) colocará o interesse do país e a prosperidade de seu povo acima de tudo", completou.

O novo emir tem 33 anos e será o soberano mais jovem das monarquias do Golfo Pérsico.

A abdicação do xeque Hamad, que assumiu o trono em 1995 após uma revolução palaciana, é um fato inédito no Catar e na história recente do mundo árabe, onde até agora nunca um soberano havia renunciado ao poder voluntariamente.

O xeque Hamad derrubou o pai, o xeque Khalifa, em 27 de junho de 1995, durante uma revolução dentro do palácio e herdou um pequeno emirado quase desconhecido então, com os cofres quase vazios.

Em 18 anos, o Catar passou a ser considerado o país mais rico do mundo, com um PIB per capita de 86.440 dólares em 2011, segundo o Banco Mundial, e um protagonista de peso tanto no mundo árabe como na região.


O novo emir, de 33 anos, será o soberano mais jovem de uma monarquia do Golfo.

Nascido em 1952, o emir Hamad teria problemas renais, segundo fontes políticas.

Nesta terça-feira foi decretado feriado no Catar e personalidades compareceram ao palácio para saudar o novo emir.

"A decisão do emir é coerente com a política do Catar", afirmou Salman Shaikh, diretor do Brookings Doha Center.

"O emir considera que depois de ter passado 18 anos no poder, chegou o momento de dar passagem à nova geração. O que é notável é que a decisão tenha sido tomada apesar da situação crítica na região", completou.

O xeque Tamim, quarto filho do emir, foi nomeado príncipe herdeiro há 10 anos e ganhou autoridade com o passar do tempo ao assumir o comando de temas sensíveis da política interna e estrangeira.

Sua mãe é a muito influente Moza, segunda esposa do soberano.

Tamim também era comandante-em-chefe adjunto das Forças Armadas. Recebeu do pai gradualmente a gestão do exército e da segurança, segundo uma fonte diplomática ocidental.

O novo líder do país, com bigode fino e expressão geralmente sorridente, comanda o Comitê Olímpico do Catar e está à frente da organização da Copa do Mundo de 2022, que será disputada no país.

O xeque Tamim, cujo país é um fiel aliado dos Estados Unidos, "tem excelentes relações com o Ocidente, em particular Estados Unidos e França", destaca a mesma fonte.

A mudança provocará uma grande reforma ministerial, com a possível saída do poderoso primeiro-ministro Hamad ben Khassem ben Jabr al-Thani, no cargo desde 2007 e que teve papel essencial no apoio às revoltas árabes, que prossegue atualmente com o suporte à rebelião síria.

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