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Emir do Kuwait dissolve Parlamento após renúncia do governo

Al-Sabah aceitou a renúncia do Executivo após os protestos das últimas semanas, que pediam a demissão do primeiro-ministro

Xeque Mohammed al-Sabah, chanceler do Kuwait: 'é necessário que a nação volte a escolher seus representantes' (Yasser al-Zayyat/AFP)

Xeque Mohammed al-Sabah, chanceler do Kuwait: 'é necessário que a nação volte a escolher seus representantes' (Yasser al-Zayyat/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2011 às 12h41.

Cairo - O emir do Kuwait, xeque Sabah Al-Ahmad Al-Sabah, dissolveu o Parlamento nesta terça-feira, uma semana depois que o governo apresentou sua renúncia por causa dos protestos contra o regime.

Em breve decreto divulgado pela agência oficial de notícias 'Kuna' o emir publicou a dissolução do Parlamento pelo 'interesse nacional', com o objetivo de 'superar os obstáculos', mas não deu mais detalhes sobre os problemas que o país enfrenta.

'A situação atual criou obstáculos no processo de desenvolvimento e ameaçou os interesses supremos do Estado, por isso é necessário que a nação volte a escolher seus representantes', diz o decreto.

O Parlamento não se reunia desde o dia 29 de novembro, quando seu presidente suspendeu a sessão prevista para este dia e disse que não voltaria a convocar outra até que fosse formado um novo governo.

Um dia antes, Al-Sabah aceitou a renúncia do Executivo após os protestos das últimas semanas, que pediam a demissão do primeiro-ministro, Nasser Al-Mohammed Al-Ahmed Al-Sabah, supostamente envolvido em um caso de corrupção.

O emir nomeou o ministro da Defesa, xeque Yaber Mubarak al Sabah, como novo chefe do Governo e lhe encarregou de propor candidatos para os ministérios.

A crise no Kuwait piorou em 17 de novembro, quando milhares de manifestantes invadiram o Parlamento depois que a Polícia empregou a força para dissolver uma manifestação que exigia a renúncia do primeiro-ministro.

As desavenças na Assembleia Parlamentar e as crises governamentais são constantes neste rico emirado petroleiro do Golfo Pérsico, que conta com um dos Parlamentos mais democráticos da região.

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