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Embarcação Aquarius segue à espera de instruções em alto-mar

Entre os 629 imigrantes abordo do navio Aquarius, há 123 menores não acompanhados, 11 deles crianças pequenas, e sete mulheres grávidas

Navio Aquarius: Itália e Malta se recusaram a receber a embarcação (Karpov/Reuters)
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EFE

Publicado em 11 de junho de 2018 às 15h20.

Roma - A embarcação "Aquarius", da ONG SOS Méditerranée, espera instruções em alto-mar com 629 imigrantes a bordo, que estão "cada vez mais ansiosos", como ficou demonstrado depois que um homem chegou a ameaçar se atirar no mar por medo de retornar para Líbia.

Fontes da Guarda Litorânea indicaram à Agência Efe que por enquanto não há informações oficiais sobre a embarcação e a ONG informou no Twitter que "por pedido de Roma, o barco Aquarius está detido no mar entre Malta e Itália à espera de um porto seguro".

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A bordo também há pessoas da área da saúde da ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF), que informou a todos os imigrantes sobre a situação atual pois "as pessoas na Aquarius estão cada vez mais ansiosas e desesperadas", escreveram no Twitter.

A MSF explicou nessa rede social que "um homem chegou a ameaçar com pular dizendo que tinha medo de voltar para Líbia", país desde onde muitos imigrantes fogem para a Europa e onde descrevem todo tipo de violências.

Entre os 629 imigrantes, há 123 menores não acompanhados, 11 deles crianças pequenas, e sete mulheres grávidas, e a MSF apontou que "muitos necessitam de atendimento médico" e, portanto, a situação requer "uma solução urgente".

O desembarque de todos estes imigrantes, no sábado, originou uma queda de braço entre Itália e Malta, que se negavam a oferecer um porto seguro onde acolhê-los.

O Governo da Espanha ofereceu hoje o porto da cidade de Valência (leste) para recebê-los.

Embora o vice-presidente e ministro do Interior da Itália, o ultradireitista Matteo Salvini, tenha anunciado que a embarcação estava navegando "rumo à Espanha", algo que qualificou de "vitória", a embarcação segue à espera em alto-mar.

Um dos voluntários do barco, Alessandro Porro, apontou em entrevista ao "Huffington Post" que para chegar à Espanha, são necessários dois ou três dias de navegação e afirmou que as provisões no navio estão acabando, embora Malta já tenha anunciado que enviará mantimentos.

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