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Embaixador da Venezuela no Iraque rompe com Maduro e reconhece Guaidó

Jonathan Velasco se afastou neste sábado do atual presidente do país por considerar que seu governo violou a Constituição

Juan Guaidó se autoproclamou como presidente interino em 23 de janeiro (Andres Martinez Caseres/Reuters)
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EFE

Publicado em 3 de fevereiro de 2019 às 09h42.

O embaixador da Venezuela no Iraque, Jonathan Velasco, se afastou neste sábado do presidente Nicolás Maduro por considerar que seu governo violou a Constituição do país e se colocou à disposição do presidente do parlamento, o opositor Juan Guaidó, que em 23 de janeiro se autoproclamou como presidente interino.

"O senhor presidente Guaidó, o senhor está do lado certo da história, do povo e da Constituição. Por isso, nos colocamos a serviço do Estado que o senhor constitucionalmente representa e dirige", disse Velasco em um vídeo veiculado pelas redes sociais.

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O diplomata destacou que Maduro e "seu clã de usurpadores ultrapassaram uma barreira que rompe o limite admissível entre ser um funcionário de Estado e cúmplice de um governo usurpador".

Justamente hoje, no começo da manhã, outro vídeo foi divulgado no qual o general de divisão e diretor de Planejamento Estratégico da força aérea venezuelana, Francisco Esteban Yánez Rodríguez, deixava de reconhecer Maduro como presidente e convocava os militares a apoiarem Guaidó.

Um chamado similar foi feito pelo diplomata Velasco ao pedir a todos os cidadãos que exercem funções de Estado e de governo que deem "um passo adiante" para defender a Constituição e o povo venezuelano.

O embaixador indicou que a Assembleia Nacional (AN, parlamento) é o "único poder da República apegado à ética, à legitimidade e à legalidade", e garantiu que esta instituição é a responsável por preencher o vazio de poder criado pela violação da Constituição.

"Apoiar o presidente da Assembleia Nacional é nossa obrigação, dever e responsabilidade constitucional. O engenheiro Juan Guaidó tem o direito e o dever constitucional de assumir a Presidência da República", afirmou o embaixador.

No dia 21 de janeiro, cerca de 30 militares de um comando da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) se sublevaram em um bairro de Caracas contra o governo de Nicolás Maduro.

O fato ocorreu depois que o parlamento, controlado pelo antichavismo, aprovou um decreto-lei para oferecer anistia a todos os funcionários civis e militares que não reconheçam Maduro e contribuam para restabelecer a democracia, que a AN garante que está sendo solapada.

Esse foi o recurso utilizado por Guaidó para tentar conseguir o apoio das forças armadas e dos funcionários de Estado após se autoproclamar presidente interino por considerar que Maduro é um usurpador da presidência da Venezuela, eleito em um pleito considerado fraudulento pela oposição. EFE

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