Em luto por mais um massacre, EUA lembram o herói de Oregon

São Paulo - A última quinta-feira, 1 de outubro, se tornará um dia mais que especial na vida do ex-militar Chris Mintz, de 30 anos. Além de ser o aniversário de seu único filho, Tyrik, a data ficará marcada como aquela em que Mintz levou sete tiros na tentativa de conseguir impedir que Chris Mercer pudesse matar ainda mais inocentes durante o massacre em Umpqua Community College, no Oregon ( Estados Unidos ).

Testemunhas ouvidas pelo jornal Washington Post relataram ao jornal o momento do embate entre os dois. Mercer teria chegado à porta da sala de aula na qual estava Mintz, que prontamente instruiu seus colegas para que se protegessem embaixo das mesas. “Você não irá passar por mim”, gritou ele. O atirador abriu fogo contra o ex-militar, mas seguiu para outro local.

Ao todo, nove pessoas foram mortas por Mercer e outras nove ficaram seriamente feridas. Sem a coragem de Mintz, a tragédia poderia ter sido ainda maior. De acordo com uma tia, que falou à rede de notícias CNN, ele recebeu tiros nas costas, pernas, abdômen e mãos. Terá de aprender a andar novamente. “Mas ele sobreviveu”, disse ela.

A notícia do ato de Mintz não surpreendeu a sua família e amigos. Descrito como “um cara extremamente bom”, ele teria caído em lágrimas no hospital ao lembrar daqueles que não conseguiu salvar. No Facebook, um primo agradeceu a todos pelo apoio que o ex-militar vem recebendo e disse que ele passa bem.

Como não poderia deixar de ser, pessoas do mundo inteiro ovacionaram Mintz depois que o episódio veio à tona. Há, inclusive, uma campanha para que todos esqueçam de Mercer e se lembrem apenas do ex-militar que arriscou a sua vida por tantas outras. Veja abaixo algumas repercussões:

No site da Casa Branca, uma petição pede que Mintz seja considerado para receber uma honraria em nome da sua coragem e bravura. Além disso, há uma campanha na internet para arrecadar fundos para que ele consiga bancar as contas de sua internação e todo o seu tratamento. O fundo também é dedicado às vítimas do massacre.