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Eleições nos EUA: Biden tem queda de aprovação em janeiro, mostra pesquisa

Levantamento da Reuters/Ipsos aponta ainda que economia e imigração são as maiores preocupações dos americanos


Joe Biden, presidente dos EUA, durante ato de campanha em Columbia, Carolina do Sul, em 27 de janeiro (Kent Nishimura/AFP)

Joe Biden, presidente dos EUA, durante ato de campanha em Columbia, Carolina do Sul, em 27 de janeiro (Kent Nishimura/AFP)

Rafael Balago
Rafael Balago

Repórter de macroeconomia

Publicado em 31 de janeiro de 2024 às 15h58.

Última atualização em 31 de janeiro de 2024 às 16h03.

A aprovação do presidente dos EUA, Joe Biden, teve queda em janeiro, de 40% para 38%, segundo pesquisa Reuters/Ipsos divulgada nesta quarta, 31. O estudo apontou ainda que dois terços do eleitorado acham que o país está no caminho errado.

Segundo o site FiveThirtyEight, que soma dados de várias pesquisas, Biden tem atualmente 39,2% de aprovação e 54,3% de desaprovação.

A aprovação de Biden caiu abaixo de 50% em agosto de 2021, menos de sete meses depois da posse, quando os EUA tiveram uma saída militar caótica do Afeganistão e o Talibã retomou o controle do país. Depois disso, o democrata nunca mais superou metade dos americanos.

Biden é favorito para obter a nomeação do partido e disputar a reeleição nas eleições de novembro. O presidente tem participado de eventos de campanha e começará a disputar oficialmente as primárias em fevereiro. Em New Hampshire, ele venceu a disputa com 54% dos votos, embora a disputa tenha sido considerada não oficial pelo comando do partido.

A pesquisa atual da Reuters/Ipsos mostrou que a maior preocupação dos eleitores em relação aos Estados Unidos é a economia, citada por 22% dos entrevistados. O país enfrenta uma onda de inflação, embora tenha baixo desemprego.

Outro tema que gera grande preocupação é a imigração, com 17% de citações. Em dezembro, 11% mencionaram o tema. Entre os republicanos, o item preocupa 36% dos eleitores.

O número de imigrantes irregulares que cruzam a fronteira dos EUA com o México bateu recorde em 2023. Em dezembro, as prisões chegaram a 11 mil em um dia. Biden enfrenta dificuldades com o Congresso para aprovar mudanças nos sistemas de controle. Ao mesmo tempo, políticos republicanos culpam o presidente por não lidar bem com a questão.

O democrata foi eleito em 2020 com a promessa de melhorar as condições com que os imigrantes são tratados ao tentar entrar nos EUA. Donald Trump, seu antecessor e provável rival republicano em novembro, defende linha dura contra os estrangeiros e teve como símbolo a construção de um muro na fronteira com o México. Biden paralisou as obras da nova barreira ao tomar posse.

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