"A auditoria alinha de maneira muito próxima informações que tínhamos na noite da eleição", disse Raffensperger (Joe Raedle/Getty Images)
Isabela Rovaroto
Publicado em 20 de novembro de 2020 às 08h39.
Última atualização em 20 de novembro de 2020 às 09h15.
O Secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger, disse nesta quinta-feira que uma auditoria manual da contagem de votos confirmou a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais do último dia 3 de novembro.
A recontagem aconteceu porque a vantagem inicial de Biden era de cerca de 14.000 votos sobre o presidente Donald Trump, uma contagem muito apertada. Na recontagem, cerca de 5 milhões de votos foram recontados à mão.
No saldo final, Trump teve cerca de 1.400 votos a menos de diferença para Biden do que na primeira contagem, porque foram encontrados pouco mais de 5.000 votos que não haviam sido contados. Mas ainda assim a apuração termina com vitória do democrata.
Agora, Raffensperger disse que "não há dúvidas" de que o Estado confirmará a vitória de Biden nesta sexta-feira, prazo final para que os estados submetam seus resultados oficiais -- quase três semanas após a eleição.
"A auditoria alinha de maneira muito próxima informações que tínhamos na noite da eleição", disse Raffensperger ao canal de televisão local WSB-TV. "É muito próximo, quase nada de diferença".
O resultado na Geórgia não afeta o resultado da eleição nacional, que Biden já confirmou há duas semanas após vencer na Pensilvânia e em Nevada. Mesmo se a recontagem desse vitória a Trump na Geórgia, a vitória nacional de Biden permaneceria.
Em muitos estados, os votos ainda estão sendo contados, embora com menos alarde do que nos estados decisivos. É o caso de Califórnia e Nova York, que ainda não concluíram a contagem, mas com vitória já garantida para Joe Biden desde a noite da eleição.
O fim da contagem em todos os estados pode ampliar a vitória de Biden no voto popular nacional, ainda que apenas simbólico nos EUA. No país, o vencedor é definido pelo colégio eleitoral, em que cada estado tem um número de votos dados pelos chamados delegados; a Geórgia, por exemplo, tem 16 delegados, enquanto a Pensilvânia tem 20.
No momento, Biden tem 79,6 milhões de votos (51% do total), contra 73,7 milhões de Trump (47%). Logo no fim de semana da eleição, a chapa de Biden e Kamala Harris já havia se consagrado como tendo a maior votação popular da história, recorde que antes pertencia ao ex-presidente Barack Obama em sua primeira eleição, em 2008. Um dos motivos para o número alto de votos foi o comparecimento recorde de eleitores neste ano, que foi o maior em um século.