Mundo

Eleição na Venezuela: Urnas fecham com atraso e oposição pede que eleitores acompanhem contagem

Segundo María Corina Machado, houve recorde de comparecimento em todos os estados

Eleições na Venezuela: veja os resultados das eleições até agora (EFE/ Miguel Barreto/Reprodução)

Eleições na Venezuela: veja os resultados das eleições até agora (EFE/ Miguel Barreto/Reprodução)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 28 de julho de 2024 às 20h50.

Tudo sobreVenezuela
Saiba mais

Foi encerrada a votação nas eleições presidenciais na Venezuela às 19h (20h em Brasília) deste domingo, uma hora depois do horário oficial, devido a atrasos em algumas sessões eleitorais. Nesta eleição histórica, que pode pôr fim a 25 anos de chavismo, disputam o presidente Nicolás Maduro, em busca de um terceiro mandato, e o diplomata Edmundo González, principal nome da oposição que substituiu a líder María Corina Machado, impedida de concorrer pela Justiça, na coalizão Plataforma Unitária.

Em coletiva logo após o encerramento da votação, María Corina pediu aos eleitores para não deixarem as seções eleitores e acompanharem a contagem dos votos, citando o direito assegurado por lei para isso. Segundo ela, a coalizão já está recebendo as atas de votação das urnas e "todos os estados estão batendo recorde" de comparecimento.

"Venezuelanos, continuem em seus centros de votação em vigília. Lutamos todos estes anos para este dia, estes são os minutos crucias, as horas decisivas. Necessitamos que todos os venezuelanos estejam nos seus centros de votação acompanhando", destacou María Corina. "Você, cidadão eleitor, tem direito de participar da apuração, que é publica. Ninguém saia da seção sem o boletim [de votos]".

'Jornada cívica única'

María Corina classificou o processo eleitoral como uma "jornada cívica única", elogiando o fato de ter havido poucos casos de violência ao longo do dia.

"Esta tem sido uma jornada cívica única. Lutamos e trabalhamos por um momento que chegou, apesar dos obstáculos. Tivemos muitos poucos casos de violência", destacou. "Este é o momento mais crítico e a melhor forma de passarmos por ele é mantermos a presença física nas seções. Não estamos sozinhos. O mundo está conosco".

Segundo a campanha opositora, mais de 11 milhões dos 21 milhões eleitores convocadas haviam votado até as 16h do horário local, cerca de 54% do eleitorado. Tanto González quanto Maduro convocaram eleitores para votar por meio das redes sociais faltando uma hora para o fim da votação. Um comparecimento abaixo dos 60% era visto como preocupante para os candidatos, sobretudo para a oposição. Em 2013, cerca de 80% do eleitorado votou.

Pesquisas de boca de urna

Paira a incerteza em relação ao resultado, com pesquisas de boca de urna apontando diferentes vencedores. Nas últimas horas, partidários da oposição e do governo divulgaram nas redes sociais levantamentos cujas porcentagens variam de acordo com o grau de sintonia dos institutos com determinada sigla.

Segundo o último boletim da empresa Edison Research, divulgado às 18h, Edmundo González lidera com 65% contra 31% a favor de Nicolás Maduro. O instituto fez a pesquisa com 6.846 eleitores entrevistados em 100 seções eleitorais.

Ao meio-dia, a agência Hinterlaces informou que 61,5% dos eleitores haviam votado e que o presidente Nicolás Maduro estava à frente do oposicionista Edmundo González por quase 12 pontos percentuais — 54,6% a 42,8%.

Pouco depois, o instituto de pesquisas Meganalisis questionou o resultado apresentando um quadro completamente diferente: de acordo com seus relatórios, às 11 horas da manhã, 41% dos eleitores haviam votado e González estava à frente de Maduro por mais de 50 pontos — 65,3% a 13,1%.

Acompanhe tudo sobre:VenezuelaEleições

Mais de Mundo

Biden assina projeto de extensão orçamentária para evitar paralisação do governo

Com queda de Assad na Síria, Turquia e Israel redefinem jogo de poder no Oriente Médio

MH370: o que se sabe sobre avião desaparecido há 10 anos; Malásia decidiu retomar buscas

Papa celebrará Angelus online e não da janela do Palácio Apostólico por resfriado